Título Original: Wuthering Heights
Sinopse: Turbulência, impetuosidade e misticismo. Originalmente publicado em 1847, O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë, combina paixão e trevas de maneira surpreendente — emoções que os leitores apaixonados pela DarkLove, marca da DarkSide® Books que revela as novas vozes femininas da literatura, conhecem bem. Se hoje as obras de Laura Purcell, Yangsze Choo, Kerri Maniscalco, Patrice Lawrence, Silvia Moreno-Garcia e tantas outras autoras inigualáveis encantam e fascinam, é porque mulheres igualmente talentosas decidiram dar vida a personagens e histórias inesquecíveis lá atrás. Para honrar as autoras que inspiram gerações de escritoras, a DarkSide® Books orgulhosamente apresenta o selo DarkLove Classics: clássicos da literatura selecionados com o rigor e o carinho da Caveira para os leitores que adoram sentir o coração bater mais forte. E o primeiro é uma das obras mais influentes da literatura mundial: O Morro dos Ventos Uivantes. Um dos grandes romances das irmãs Brontë, este clássico apresenta uma história fantasmagórica de obsessão, vingança e paixões intensas. Na trama, o órfão Heathcliff é acolhido ainda criança pela família Earnshaw e apaixona-se pela pequena Catherine. O afeto, embora correspondido, transforma-se num amor impossível. Tal vínculo devastador é envolto por uma atmosfera sombria e um teor dramático e audaz que consolidaram Emily Brontë como uma das rainhas da literatura inglesa. (FONTE)
Desde em o momento em que a protagonista de 'A Saga Crepúsculo', Bella Swan, citou 'O Morro dos Ventos Uivantes' como seu livro favorito, eu coloquei em minha cabeça que queria ler este livro também. Se tratando de um clássico da literatura, existe inúmeras edições no mercado e a indecisão de em qual delas investir (geminiana aqui), foi o que adiou cada dia mais a minha experiência com a obra. No entanto ao ver o lançamento desse exemplar lindíssimo da Editora Darkside Books, não tive mais dúvidas em qual versão apostar.
Até o presente momento eu ainda não entendi o que senti, ou sinto, por 'O Morro dos Ventos Uivantes'. Sei que gostei muito de fazer a leitura, pois a todo momento eu queria saber mais do enredo e o que iria acontecer no capítulo a seguir, no entanto tem inúmeras coisas que eu também detestei neste livro, o que me faz estar em conflito comigo mesma, tentando entender o que foi/é essa leitura. Acredito que estou digerindo aos poucos, inclusive continuo digerindo em meio a essa resenha, talvez no final eu chegue a uma conclusão, porém, posso começar dizendo que talvez todo esse conflito interno que paira sobre o leitor é exatamente o que faz de 'O Morro dos Ventos Uivantes' a grande obra que se tornou.
Nossa história começa sendo narrada pelo Sr. Lockwood, que está alugando uma das propriedades do Sr. Heathcliff, e acaba ouvindo de Nelly, uma das criadas, a história de vida do seu senhorio. Heathcliff foi levado ainda muito criança para Wuthering Heights, pelo seu patrão o Sr. Earnshaw, ele encontrou o menino esfaimado e perdido, sem ter onde cair morto, pelas ruas de Liverpool. Sua filha Catherine se deu muito bem com o irmão adotivo, porém seu irmão biológico, Hindley, o detestava e por um bom tempo o maltratou.
Com o passar dos anos, Cathy e Heathcliff desenvolvem sentimentos muito fortes um pelo o outro, mas com a morte dos patrões, Hindley se torna o dono da casa, passando a tratar Heathcliff como uma espécie de criado. Cathy por sua vez não se deixa levar pelos sentimentos que tem pelo pobre órfão, preferindo ir em busca de uma vida confortável ao lado de Edgar Linton, seu vizinho. Enquanto isso, Heathcliff vai embora sem dizer para onde, algum tempo depois está de volta um tanto diferente, com condições financeiras melhores do que a que tinha antes e uma enorme sede de vingança.
No desenrolar do enredo iremos acompanhar os acontecimentos que se desencadeiam a partir dessa sede de vingança, fazendo da obra uma leitura difícil de digerir, porém extremamente viciante, do tipo que é impossível se desprender até que chegue a última página.
Posso definir minha relação com esses personagens como algo muito conturbado, onde ao mesmo tempo em que entendo a raiz de suas atitudes, não concordo com elas, muito menos as aceito como justificativas. Emily Brontë realmente colocou tudo o que há de bom e de ruim no ser humano em seus personagens, mostrando os dois lados da moeda, o bem e o mal, as consequências que nossas decisões tem em nossas vidas.
Quanto ao romance confesso que foi bem difícil de aprecia-lo, visto que eu só enxergava a relação de Cathy e Heathcliff como um capricho da parte dela e uma obsessão da parte dele. Não fui capaz de observar algo que agora é nítido pra mim. Catherine é uma mulher baseada nas mulheres reais daquela época, onde casar-se por amor era mesmo raridade. Casamento até algum tempo atrás era sinônimo da vida em que você escolheria ter para o resto dos seus dias. Por mais que Heathcliff seja o personagem mais odioso com o qual tive o prazer de me deparar, ele partiu em busca de estudo e riquezas em pró da sua amada, em poder ser considerado uma opção de escolha de vida para Catherine. O que me faz agora, apreciar um pouco dessa macabra história de amor.
O livro mostra a importância que tem o lar em que uma criança é criada, como os exemplos daqueles que a cercam podem interferir em sua vida. Além disso podemos encontrar na obra vestígios do que viver cercado de preconceitos e abusos é capaz de fazer com a vida de um ser humano. Mas independente de tudo isso, ainda sigo com a minha opinião de que apenas nós mesmos somos capazes de definir o bem ou o mal que existe dentro de nós. Coisas ruins acontecem a todo momento, cabe apenas a cada um de nós decidirmos o quanto isso definirá ao lado bom ou o ruim de nosso caráter. E digo isso por experiência própria, os acontecimentos do meu inicio de vida poderiam ser uma inclinação para eu me justificar por uma vida cheia de péssimas escolhas, mas preferir canalizar todas as minhas dores em pró de um futuro onde eu tivesse orgulho de onde cheguei em meio aos obstáculos que enfrentei e onde os meus filhos não tivessem que passar pelo mesmo que passei.
NOTA:
Emily Brontë nasceu em 30 de julho de 1818, em Thornton, Inglaterra. Escreveu diversos poemas, mas ficou célebre graças ao seu único romance, O Morro dos Ventos Uivantes, publicado em 1847 sob o pseudônimo Ellis Bell. Irmã de Charlotte e Anne Brontë, faleceu em 19 de dezembro de 1848, em Haworth.
UAU, essa edição está mesmo lindíssima! Eu nunca li esse clássico ~ e não sabia que era o livro preferido da Bella Swan, que curioso! Gostei da sua resenha e fiquei bem animada para ler. :)
ResponderExcluirNão Me Mande Flores ♥