Título Original: Grace and Fury
Autor: Tracy Banghart
Série: Graça & Fúria #1
Editora: Seguinte
Ano: 2018
Páginas: 304
Gênero: Fantasia / Ficção / Jovem adulto / Literatura Estrangeira
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Sinopse: Duas irmãs lutam para mudar o próprio destino no primeiro volume de uma série de fantasia repleta de romance, ação e intrigas políticas. Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro. Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes. Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar. (SKOOB)

'Graça & Fúria' é o primeiro livro da série 'Graça & Fúria' da autora Tracy Banghart, publicado ano passado aqui no Brasil pela Editora Seguinte.


A história segue duas irmãs: Serina e Nomi, elas vivem em Viridia em uma sociedade extremamente patriarcal, dessa forma as mulheres são submissas e proibidas de fazer diversas atividades comuns como ler, trabalhar e estudar. O superior ou seu herdeiro tem o direito de escolher 3 Graças – jovens que têm como missão servir ao superior em todos os sentidos – e somente assim as famílias dessas mulheres conseguem melhorar suas condições de vida.

Enquanto Serina foi preparada para isso sua vida inteira, sendo treinada por sua mãe desde criança quando viu seu potencial, Nomi cresceu rebelde e aprendeu a ler escondida. A escolha das Graças é um ponto de atrito entre as irmãs, pois Nomi questiona a todo momento as situações das mulheres, em contrapartida Serina foi criada naquela sociedade e nunca conheceu nada diferente, para ela é inconcebível outra realidade. Tudo muda na vida de ambas quando Nomi é escolhida pelo herdeiro como Graça e Serina é pega lendo um livro e enviada para uma prisão de mulheres, a partir daí as irmãs se verão numa posição que nunca sonharam, na qual seus interesses não são de grande ajuda. 
Nunca tinha deixado Serina baixar a guarda, erguer os olhos, ou ser qualquer coisa além de graciosa, obediente e comedida. - Página 38
A ideia de mulheres sendo submissas aos homens não é inovadora, mas é sempre um ponto importante a ser tratado, principalmente levando em conta que as conquistas femininas precisam avançar ainda mais; a personalidade das irmãs me lembrou bastante o contraste entre Sansa e Arya Stark (de A Guerra dos Tronos) e como a sociedade dita muito do comportamento das mulheres. O desenvolvimento da Serina foi enorme e ela traz grandes questionamentos sobre irmandade entre as mulheres, sua vivência no Monte Ruína foi bastante realista, amei principalmente que ela simplesmente não descobre tudo quando chega lá e apesar do indício de um relacionamento, ela percebe que precisa primeiramente de tempo para ser ela mesma sem a pressão das convenções sociais.

Já Nomi deixou a desejar, sua rebeldia é sempre pautada em palavras e não atitudes, para alguém que quer tanto se distanciar do convencional ela foi rapidamente moldada no estigma de donzela clássica; seu principal destaque foi nos momentos finais onde ela tomou uma atitude inesperada, como Serina há indícios de um romance, porém felizmente isso não atrapalha o desenvolvimento das irmãs.


Os personagens secundários deixaram mais a desejar, as mulheres em Monte Ruína trouxeram muito mais a história que as outras Graças, com destaque especial a Jacana, Maris, Oráculo e Val, os únicos que mostraram profundidade e um história prévia que acrescentou ao plot principal. 
Ele sabia que quebrar uma garota obstinada seria mais prazeroso. - Página 146
Os capítulos são alternados entre as irmãs e cada capítulo termina de uma forma a instigar o leitor a continuar, a trama não apresenta um grande vilão inicialmente, isso vai se desenvolvendo ao longo da história; o principal acerto da autora são os questionamentos das mulheres acerca do seu papel na sociedade, inclusive ela nos revela que a história de Viridia pode nem ser exatamente aquilo que foi ensinado. Apesar dos pontos negativos, a leitura vale a pena principalmente por trazer à tona problemáticas atuais.

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NOTA:

Tracy Banghart cresceu na zona rural de Maryland, nos Estados Unidos. É formada em inglês pelo Davidson College, na Carolina do Norte, e pós-graduada em editoração pela Universidade Oxford Brookes, na Inglaterra. Atualmente, Tracy se dedica totalmente à escrita e viaja o mundo com o marido,o filho e seus animais de estimação.

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