[Resenha] Skyward: Conquiste as Estrelas - @PlanetaLivrosBR

Titulo Original: Skyward - Claim the stars
Série: Skyward #1
Autor: Brandon Sanderson
Editora: Planeta
Páginas: 397
Ano: 2018
Gênero: Aventura / Ficção científica / Literatura Estrangeira
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Sinopse: O novo épico de um dos maiores autores de ficção especulativa do mundo: Brandon Sanderson, agora na Planeta Minotauro. Nesse novo épico do aclamado autor Brandon Sanderson, o futuro da humanidade depende dos sonhos de uma garota. Derrotada, devastada e levada quase à extinção, a raça humana se vê presa em um planeta distante, constantemente atacado por misteriosos combatentes alienígenas. Spensa, uma adolescente, anseia por se tornar piloto e se juntar à resistência. Quando descobre os restos de uma velha nave, um modelo que a garota nunca tinha visto na vida, percebe que esse sonho pode enfim se tornar realidade. Para isso, no entanto, a garota precisará consertar a grande nave, aprender a pilotá-la e – talvez o mais difícil – convencer a inteligência artificial que controla os restos da embarcação a ajudá-la: essa incrível nave, de alguma forma, parece ter uma alma própria. “Brandon Sanderson é simplesmente um escritor brilhante. Ponto.” – PATRICK ROTHFUSS, AUTOR DE O NOME DO VENTO. (SKOOB)

'Skyward – Conquiste as Estrelas' é o primeiro livro de uma série, ele foi escrito por Brandon Sanderson e lançado aqui no Brasil no ano passado pela Editora Planeta.

O livro conta a história de Spensa, ela vive em Detritus, nesse período os humanos dominaram as viagens espaciais, mas um desastre os obrigou a pousar nesse planeta e desde então eles estão em luta com outra raça – os Krell – que tenta mantê-los a todo custo em terra. Desde jovem ela quer ser um piloto assim como seu pai, eles são responsáveis por combater os Krell e sua iniciativa deu início a sua civilização, sendo assim eles podiam deixar de ser nômades e se unir para formar a União das Cavernas Desafiadores; porém na maior batalha dos últimos tempos, seu pai tornou-se um covarde e foi abatido por seus próprios companheiros. 

Concentre-se em algo maior. Em algo grandioso. - Página 14

Vivendo com o estigma da filha de um covarde, Spensa luta com unhas e dentes para provar que é corajosa e vai desafiar toda FDD para mostrar que seu pai foi um herói, para isso ela e seu melhor amigo Lad vão fazer de tudo para passar no teste para piloto.

Spensa vive com a mãe e a avó, chamada carinhosamente de Vozinha ela moldou e muito as atitudes da garota ao contar-lhe histórias de “seus antepassados” – Beowulf, Sun Tzu.
Adorei Lad, um irmão postiço e que sempre apoiou Spensa, ele é responsável por fazê-la se confrontar com suas próprias ideias do que é covardia e coragem, e principalmente de quem ela realmente é depois de presenciar o que é uma batalha e os sacrifícios diários feitos pelos pilotos.

Seu mentor Cobb é maravilhoso, com tiradas sarcásticas, ele confronta muitas ideias que Spensa tinha, ideias essas que são perpetuadas por toda FDD e seu extremismo acerca da coragem; Cobb, pelo contrário, se prova muito mais humano ao se importar de verdade com seus alunos, além de ser um professor incrível, mais tarde toda a Esquadrilha Celeste pode ver por si mesma como suas atividades “chatas” os deixou mais preparados. Os companheiros de voo de Spensa são ótimos, cada um acrescentando mais profundidade a história, inicialmente a sua visão e pré-julgamento deles deixa o leitor entediado, mas as batalhas e principalmente simulações servem para aprofundar esse laço e cada um contribui para a jornada da protagonista.

Arrojada, Bim, Alvorecer, Nedder, Anfisbena, Lad, Flácida, Babaca e FM foram apaixonantes, cada qual com uma experiência de vida única e que mostra como essa organização política e geográfica ainda é frágil, uma vez que Ignéo foi formada a tão pouco tempo, além disso, Ned, Anfi e Babaca trazem as disparidades sociais e os privilégios que mesmo uma cidade recém-formada possui. Alvorecer e Bim acrescentam com sua diversidade, pois cresceram mais distantes de Igneo. FM contribui com seus questionamentos filosóficos e críticos, ao passo que Flácida é capaz de tiradas inteligentes e um profundo senso de compaixão. Já Arrojada lembra muito a própria Spin e portanto serve de alerta para a consequência de seus ideais violentos.

A grande contradição da minha vida. Eu nunca teria valor, a menos que eu pudesse me provar - mas eu não poderia me provar porque ninguém me daria uma chance. - Página 273

A história é completa e complexa, Brandon Sanderson mais uma vez mostra toda a sua criatividade, sendo o livro dividido em 5 partes, em cada uma somos apresentados os modelos de seus caças estelares e algumas manobras, isso facilitou e muito a minha imersão na narrativa, tornando mais crível as manobras realizadas e principalmente entender o funcionamento dos caças, fatores esses que serão cruciais no início da formação da Esquadrilha Celeste. A FDD e sua almirante são um paradoxo, ao mesmo tempo que estão permeadas de boas intenções, suas ações nem sempre mostram isso, mais ponto para o autor! Capaz de mostrar as complexidades de um sistema de governo e suas falhas.

Da metade para o final surge um personagem in-crí-vel, M-Bot é sensacional e espero que como eu, vocês o amem. O final infelizmente deixou um pouco a desejar, eu criei diversas teorias, entretanto achei que o autor pecou ao escolher um final mais simplório, espero bastante que o próximo livro responda todas perguntas deixadas sobre os Krell.

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NOTA:

Brandon Sanderson nasceu nos Estados Unidos, na cidade de Lincoln, no estado de Nebraska, em 1975. Seus livros já foram traduzidos para mais de 25 idiomas, com milhões de cópias vendidas pelo mundo. É também autor das séries Mistborn: nascidos da bruma, The Stormlight Archive e Executores, além de ser o responsável pela renomada série A Roda do Tempo, iniciada por Robert Jordan.