Titulo Original: The Caged Queen
Série: Iskari #2
Autor: Kristen Ciccarelli
Editora: Seguinte
Páginas: 365
Ano: 2019
Gênero: Fantasia/ YA/ Literatura Estrangeira
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Sinopse: No segundo volume da trilogia Iskari, uma nova heroína entra em cena para lutar pela liberdade de seu povo ― e de sua irmã ― em meio a um conflito que apenas começou. Firgaard foi governada durante décadas por um rei tirano e manipulador, capaz de condenar povos inteiros apenas para aumentar seu poder. Depois de uma grande batalha, Asha, sua filha, conseguiu derrotá-lo. E, assim, Dax, o primogênito, assumiu o poder ao lado de Roa, sua esposa. Roa é uma forasteira vinda das savanas ― um território sob o domínio de Firgaard, que há anos é oprimido e está prestes a entrar em colapso. O maior desejo da nova rainha, mesmo sabendo que não é bem-vinda em seu novo lar, é mudar a vida de seu povo. O que ela não esperava era encontrar uma chance de alterar o curso do destino e trazer de volta à vida sua irmã gêmea, Essie, morta quando criança em um terrível acidente. O único obstáculo? O novo rei. (SKOOB)
'A Rainha Aprisionada' foi escrito por Kristen Ciccarelli e publicado esse ano aqui no Brasil através da Editora Seguinte, ele é o segundo livro da Trilogia Iskari, portanto essa resenha contém SPOILERS.
O livro começa algum tempo depois do fim de 'A Caçadora de Dragões', com Asha e Torwin foragidos e Dax e Roa na posição de reis de Firgaard, mas ao contrário do que se esperava a narrativa é contado do ponto de vista da nativa Roa. A história gira em torno do acidente sofrido por Essie, irmã gêmea de Roa, quando criança, desde então seu espírito permaneceu aprisionado em um falcão branco e agora Roa tem a chance de trazê-la de volta na Renúncia, o momento em que o véu entre vivos e mortos é mais fraco.
A Tecelã do Céu levantou a lâmina... e cortou as amarras da alma dele. - Página 12
O clima de incerteza permeia quase o livro inteiro por conta da situação política do reino após o assassinato do antigo rei, considerado o maior rei-dragão de todos, e a prisão e subsequente fuga de sua filha com seu parceiro skral. Rebekah, a filha de um barão rico, se torna a principal antagonista com seus requintes de crueldade, ela deseja tomar o trono de Dax e desacreditar sua esposa selvagem; já no âmbito romântico nos temos Theo, antigo prometido de Roa e que ainda a ama, ele é o único a apresentar-lhe a faca da Tecelã do Céu, um objeto sagrado capaz de trazer alguém morto de volta a vida, desde que um sacrifício seja feito.
Inicialmente a história se mostra bastante promissora, a autora traz elementos novos da cultura nativa que conseguem prender a atenção do leitor, infelizmente esse artifício dura o livro inteiro sem oferecer maior profundidade desses elementos e/ou trazer mais detalhes, a magia das histórias e os dragões que são pontos centrais no livro anterior não são abordados em momento algum, quase como se se tratasse de outra obra. Os personagens e o enredo que permeia eles foram na maioria das vezes frustrante! Durante 75% do livro Dax é pintado como um perfeito tolo, o personagem pouco aparece no livro e quando surge é sempre caracterizado de forma negativa ou arrastando suspiros de toda população feminina, suas falas são poucas e rasas e isso fez com que eu não conseguisse me conectar com o personagem e visse quase nenhuma evolução dele, sinceramente só foi possível saber sobre ele através dos interlúdios que contam o seu passado nas savanas.
Nunca subestime um tolo. - Página 300
Já Roa que se mostrou bastante promissora no final do livro passado acabou ficando estagnada nesse. Ela permaneceu num loop o livro inteiro sem nunca sair do lugar, nem desenvolvendo o cenário político muito menos o romântico, acredito que cada vez mais essa ideia do protagonista perfeito e mocinha boba que prende a respiração ao vê-lo perdeu o apelo, o romance inteiro foi cansativo e durou 300 páginas de incertezas, para ser magicamente resolvido em 10 páginas. O ponto alto eu diria que foi a relação das irmãs, seu vínculo é belíssimo e podemos sentir verdadeiramente a dor de Roa, os interlúdios nos permite ter vislumbres do passado das irmãs e me fez amar Essie e admirar sua maturidade (o que faltou bastante nos protagonistas!).
Se isso é verdade, então nossos inimigos não são nossos inimigos, mas sim nossos irmãos. - Página 106
Na minha opinião o enredo deixou muito a desejar, enquanto a Renúncia é o ponto alto para Roa, os outros elementos acabaram por perder seu destaque como, por exemplo, draksor e nativos poderiam migrar para suas respectivas “cidades”? E os skrals que perderam seus antigos “postos de trabalhos”? E os dragões? Enfim, foram muitas possibilidades que poderiam ter sido aproveitadas pela autora, além da necessidade de dar um desfecho a essas perguntas que foram iniciadas no livro anterior, retomar esses questionamentos teria enriquecido a história.
Rebekah e o Conselho recebem muito poder inicialmente, o que acabou me dando a impressão de que eram invencíveis, porém mais uma vez tudo é resolvido nas últimas páginas com pressa e simplicidade que destrói o que foi dito inicialmente. Eu sinceramente acredito que a autora tem muito material para desenvolver no próximo livro, espero que ela possa responder esses questionamentos deixados em aberto.
NOTA: 

OUTROS LIVROS DA AUTORA RESENHADOS NO BLOG:
Kristen Ciccarelli cresceu no vinhedo de seu avó em Ontário, no Canadá. Já trabalhou como cozinheira, livreira e ceramista, mas agora se dedica à escrita de livros sobre dragões perigosos, garotas rebeldes que sabem usar armas como ninguém e o poder transformador das histórias.
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