Titulo Original: The Last Namsara
Série: Iskari #1
Autor: Kristen Ciccarelli
Editora: Seguinte
Páginas: 384
Ano: 2018
Gênero: Fantasia/ YA/ Literatura Estrangeira
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Sinopse: Primeiro volume de uma trilogia fantástica, em que dragões e humanos estão em guerra — e cabe a uma garota matar todos eles. Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino. (SKOOB)

'A Caçadora de Dragões' é primeiro livro da Trilogia Iskari, escrita pela autora Kristen Ciccarelli e lançada aqui no Brasil pela Editora Seguinte.


A história é centrada em Asha, a iskari, que após eventos desastrosos na sua infância acabou liberando Kozu, o primeiro e mais feroz dos dragões, sua ira acabou matando milhares e desde então Asha pagou o preço por isso ao ser queimada e tendo que lidar com a raiva de todo o povo. Ela foi salva por Jarek de quem está noiva, mas agora anos depois ela tem a chance de se redimir e para isso deve matar Kozu, o primeiro dragão e a fonte de todas as histórias, e como bônus acabar com seu noivado.

Entretanto em meio a tudo isso ela recebe instruções do Antigo, uma espécie de Deus da sua cultura e cuja adoração foi proibida em Firgaard após a traição dos dragões, ouvir o Antigo é ir contra tudo aquilo que seu pai prega; somado a isso seu irmão Dax está cada vez mais próximo dos nativos – pessoas que se contrapõe ao rei e seus ideais – e faz uma proposta a Asha: se salvar a vida do escravo de Jarek, ela receberá algo de sua mãe.


Primeiramente eu gostaria de falar da mitologia, adorei que os dragões sejam convocados pelas histórias, considerando que eles muitas vezes são apresentados como criaturas inteligentes (Smaug), achei uma maneira belíssima de formar seu elo com os cavaleiros. Entre alguns capítulos a autora traz algumas histórias que mais tarde se entrelaçam com a trama principal e dão base para que o leitor entenda acontecimentos que são mencionados na história principal, essa foi uma ideia fantástica e confesso que fiquei bastante ansiosa para descobrir mais sobre Firgaard.
Draksor se voltaram contra draksors. Mais casas queimaram. Firgaard estava em ruínas. Essa foi a primeira traição. A segunda veio através das histórias - Pág 41
Asha por si só é uma boa protagonista, eu adorei que diferente de muitas protagonistas, ela usa sua cicatriz como um distintivo de bravura; sua vida gira em torno de caçar dragões e assim honrar o pai e proteger a população. Aqui existem duas raças: draksors e skrals, a última sendo escravizada pela primeira, e a autora trabalhou de forma belíssima ao trazer questionamentos muito válidos por meio das reflexões dos personagens.

Com relação aos personagens secundários, Safire é a minha preferida, sendo meio skral é bastante verossímil a forma como ela é tratada e apesar de possuir sangue real, quão pouco bem isso faz para ela, além disso, sua relação com a prima Asha é maravilhosa, eu diria até que elas compartilharam muito mais momentos do que com seu irmão. 
A nativa Roa apesar de aparecer bem pouco, já provou ser uma personagem capaz ao utilizar suas aparições para “fazer acontecer”; me atrevo a dizer que os homens é que foram mal desenvolvidos, seja o rei-dragão ou Dax.


Um ponto negativo para mim foi o romance, Torwin e Asha parecem ter quase nenhuma química e nos momentos em que parecia que haveria uma ruptura, na fala seguinte panos quentes eram colocados. Eu espero que nos próximos livros isso seja melhor trabalhado, principalmente depois de algumas coisas que são reveladas mais ao final do livro. Já sua relação com Jarek apresenta muito mais credibilidade, o comandante trouxe diversas informações preciosas ao longo da leitura, contudo eu acredito que ele ainda guarda outros segredos, e como personagem me agradou bem mais que Torwin. 
Quando a escuridão cai, o Antigo acende uma chama. - Pág 185
A minha crítica vai principalmente para o final, achei que o livro inteiro a tensão aumenta para nos preparar para um grande clímax, mas no final tudo é resolvido de maneira tão simples aumentando e muito a frustração do leitor. Existem pontas soltas que devem ser exploradas num novo volume e principalmente a mitologia que foi pouco aprofundada, entretanto a autora está de parabéns por unir a magia das histórias com criaturas que estão intrinsecamente ligadas as antigas lendas.

NOTA:

Kristen Ciccarelli cresceu no vinhedo de seu avó em Ontário, no Canadá. Já trabalhou como cozinheira, livreira e ceramista, mas agora se dedica à escrita de livros sobre dragões perigosos, garotas rebeldes que sabem usar armas como ninguém e o poder transformador das histórias.

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1 comentários:

  1. Primeira resenha que vejo do livro, não conhecia.
    Parece ser uma trama interessante, mas não despertou minha curiosidade.
    Único ponto que parece ser legal é que ele foca mais na trama e na protagonista do que no romance.

    Beijinhos
    She is a Bookaholic
    Minhas pequenas coisas

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