Título Original: Ensaio Sobre a Cegueira
Autor: José Saramago
Páginas: 312
Gênero: Distopia / Ficção / Romance
Editora: Companhia das Letras
Ano: 1995
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Sinopse: Uma terrível "treva branca" vai deixando cegos, um a um, os habitantes de uma cidade. Com essa fantasia aterradora, Saramago nos obriga fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu.
Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.
O Ensaio sobre a cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti. Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: "uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos". (SKOOB)
O Grupo Companhia das Letras possui muitos livros publicados de autores que admiro, sendo José Saramago um deles.
Em o 'Ensaio Sobre a Cegueira' iniciaremos com o relato de que um homem no carro, com o sinal de transito aberto para passar, acaba cego, enxergando apenas uma névoa branca.
Logo o primeiro cego, sem entender o que lhe sucedeu, chega em casa com a ajuda de um homem que ficará conhecido como o ladrão do automóvel.
Os personagens não terão nomes na história, serão conhecidos por alguma característica que pode ser, por exemplo, física ou ligada a sua personalidade.
Após chegar em casa, o recém cego é levado por sua mulher a uma clínica oftalmológica, sendo examinado pelo médico, que não consegue diagnosticar a causa da cegueira, acaba sendo liberado, mas não antes de receber a promessa que o oftalmologista iria pesquisar sobre os sintomas que foram relatos afim de entender a situação.
Todavia nada voltará ao normal, seja para o cego seja para todos aqueles que estiveram no mesmo local ou tiveram algum contato com o primeiro cego, pois acabarão acometidos pela "doença."
Com relatos de que uma parte da população está cegando sem nenhuma causa aparente, o governo decide colocar essas pessoas em um manicômio desocupado afim de evitar uma epidemia, pois apenas se sabe que por contato os outros tiveram o mesmo destino do primeiro doente.
Inicialmente um grupo pequeno formado, por exemplo, pelo primeiro cego e sua mulher, o rapazinho estrábico, a rapariga de óculos escuros, a esposa do médico e o próprio médico são enviados ao manicômio para viverem isolados da sociedade sã.
Como eles conseguirão cuidar de si mesmos? Como confiarão em desconhecidos? Como sobreviverão?
Com todos ficando sem visão apenas a mulher do médico consegue ver a que nível o ser humano pode chegar para tentar sobreviver.
Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais... - Página 97O livro é narrado em terceira pessoa e o narrador vai nos contar tudo, porém com mais frequência o que se passa na cabeça da mulher do médico, a única que não foi acometida pela moléstia.
Não só o final é surpreendente como toda a narrativa, o leitor consegue sentir e imaginar como se estivesse vendo cenas de um filme. É muito real, eu consegui sentir que tudo relatado poderia ser real.
A única observação é que não temos exatamente uma divisão clara de quem está falando o quê, portanto no início acabamos tendo um pouco de dificuldade, fora isso só posso dizer: LEIAM, POR FAVOR.
Há ocasiões em que as palavras não servem de nada. - Página 172José Saramago é o único escritor da língua portuguesa até o momento a ganhar o Nobel de literatura, posso dizer que a sua obra faz jus ao brilhante escritor que ele era.
Leiam, leiam e tirem uma reflexão para a vida, pois a leitura é uma forma de nos fazer enxergar em um mundo repleto de cegos.
NOTA:


José Saramago nasceu em 1922, de uma família de camponeses do Ribarejo, em Portugal. Exerceu diversas profissões - como serralheiro, desenhista, funcionário público, editor e jornalista - antes de se dedicar apenas a literatura. Prêmio Nobel de literatura de 1998, escreveu joias do romance, como O Evangelho segundo Jesus Cristo e O ano da morte de Ricardo Reis. Saramago faleceu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, em 2010. A Companhia das Letras edita as obras completas do autor no Brasil. Site da Fundação José Saramago: www.josesaramago.org
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