Título Original: Americanah
Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Páginas: 520
Gênero: Ficção / Literatura Estrangeira / Romance
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2018
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Sinopse: Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo. (SKOOB)
Ifemelu é uma jovem nigeriana que com muito esforço consegue ingressar na universidade, acontece que devido a questões politicas os professores entram em greve constantemente. É num desses momentos que sua tia Uju, a convida para ir morar junto com ela nos Estados Unidos. Acreditando que terá melhores chances na América, e que assim poderá concluir seu ensino superior, Ifemelu aceita o convite. Deixando o namorado da adolescência e seus familiares para trás, ela embarca em uma viagem que vai mudar completamente sua vida.
A vida ao lado de tia Uju não é tão diferente assim da vida na Nigéria, o dinheiro ainda é contado assim como a comida, e mesmo não estando ilegal no pais, uma vez que foi para estudar, Ifemelu ainda precisa de uma documentação falsa para conseguir trabalhar, e assim poder pagar pelos seus estudos.
Quinze anos depois da sua chegada, e de ter se transformado em outra Ifemelu, a jovem que agora já é uma adulta blogueira de renome em todo o continente Norte Americano, decide é o momento de voltar para casa. Voltar para sua cultura, seus familiares e quem sabe para Obinze, também conhecido como Teto, seu primeiro amor, que anos atrás ela acabou o afastando de sua vida.
Após viver situações que nunca em sua vida ela pensou que viveria, Ifemelu se adaptou aos costumes e a sociedade Americana que é drasticamente diferente da sua. Não se sentindo pertencente nem ao lado de lá e nem ao lado daqui, Ifemelu, embarca de volta para Nigéria - seu país natal - em busca de algo que ela ainda vai descobrir o que é.
Pensa numa pessoa que terminou esse livro há tempos, mas simplesmente não consegue escrever a resenha, pois sente que nada que escrever vai ser suficiente para expressar o que sentiu lendo esse livro. Pensou? Olá, sou eu!
Quem me conhece sabe que sou completamente apaixonada pela Chimamanda, mas apesar de acompanha-la sempre que posso esse foi o primeiro romance dela que eu li, já havia lido os dois manifestos dela publicados e o livro de contos, e preciso dizer então, que não poderia ter começado por um romance melhor, 'Americanah' é tudo o que eu esperava e muito mais.
Com uma narrativa que passeia entre passado e presente, mesclando tanto a história da Ifemelu quanto a história do Obinze, a autora constrói uma história poderosíssima sobre o ser negro, e principalmente sobre o ser uma mulher negra. Uma das minhas passagens favoritas do livro é quando a personagem fala por exemplo que ela nunca tinha se visto como "uma pessoa negra", ela nunca tinha se rotulado assim, até o momento que ela chegou aos Estados Unidos, e foi então, resumida a isso, ao 'ser negra'.
Um ponto que me deixou completamente apaixonada por essa história é a verosimilhança das situações vividas pelas personagens com a real situação do negro em países como os Estados Unidos e a Inglaterra (locais onde a narrativa se passa). Então a autora trás muito da questão da ilegalidade nesses países na busca por 'condições de vida melhor', sobre os tipos de trabalho aos quais essas pessoas tem acesso, os preconceitos existentes, a possível ou não ascensão social, entre outras coisas.
Outro aspecto que eu amo é a questão da desterritorialização dessa mulher que vai pra América, e inevitavelmente absorve dessa nova cultura na qual está imersa, e quando decide voltar pro pais de origem já não é mais pertencente da cultura que um dia foi sua.
Eu passaria tranquilamente horas falando sobre o quão incrível é esse livro, mas como não posso fazer isso, fica aqui o meu pedido e minha recomendação máxima: LEIAM ESSE LIVRO!
NOTA: 

Chimamanda é uma escritora nigeriana, da etnia Igbo, conhecida por seus romances e contos. Nasceu em Enugu, mas cresceu na cidade universitária de Nsukka, no sudeste da Nigéria, onde se situa a Universidade da Nigéria. Seu pai era professor de Estatística na universidade, e sua mãe trabalhava como secretária no mesmo local. Quando completou dezenove anos, deixou a Nigéria e se mudou para os Estados Unidos da América. Depois de estudar na Universidade Drexel, na Filadélfia, Chimamanda se transferiu para a Universidade de Connecticut. Fez estudos de escrita criativa na Universidade Johns Hopkins de Baltimore, e mestrado de estudos africanos na Universidade Yale. Seu primeiro romance, Purple Hibiscus (Hibisco roxo), foi publicado em 2003. O segundo romance, Half of a Yellow Sun (Meio sol amarelo), foi assim chamado em homenagem à bandeira da Biafra, e trata de antes e durante a guerra de Biafra. Foi publicado em 2006 e ganhou o Orange Prize para ficção em 2007.
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