Título Original: The Glittering Court
Autora: Richelle Mead
Série: 
The Glittering Court - Livro #01
Páginas: 400
Editora: Planeta
Gênero: Jovem Adulto, Fantasia, Romance, Ficção, Literatura Estrangeira
Ano: 2017

Comprar: Amazon; Livraria Folha; Loja Americanas;

Sinopse: Nova trilogia da autora que conquistou o mundo com Academia de Vampiros e Bloodlines. Elizabeth, condessa de Rothford, foi condenada a um casamento arranjado com um rico – e entediante – comerciante de cevada. Pra fugir desse destino, a garota assume a identidade de uma de suas criadas e foge em uma carruagem em direção à floresta de Adoria. Lá, Elizabeth, que agora atende por Adelaide, é acolhida na Corte de Luz, uma espécie de internato que capacita jovens de baixa renda e as transforma em verdadeiras damas da sociedade. A condessa disfarçada de serviçal sai-se muito bem nas atividades da escola e, em pouco tempo, chama a atenção de Cedric, o filho do dono do lugar. Uma poderosa atração nasce entre Cedric e a misteriosa Adelaide, colocando não só o disfarce da garota em risco, mas também um grande segredo que o rapaz procura esconder a todo custo. (SKOOB)

Quando eu li a sinopse de 'A Corte de Luz', idealizei uma leitura incrível, pois aparentemente o enredo tinha tudo para me prender, além do mais Richelle Mead é uma autora que já me foi mais do que recomendada por amigos e seu nome é bem popular entre os amantes de livros (escreveu a série Academia de Vampiros). Então, enxerguei nesse lançamento da Editora Planeta, uma ótima oportunidade de finalmente cair nas graças de Richelle, mas ao chegar na metade do enredo eu só conseguia ver essa estória como algo 'ok' e nada mais do que isso.


A jovem Elizabeth é a ultima herdeira dos Rothford, uma família nobre porém falida. Seus pais faleceram algum tempo e desde então ela mora com sua vó, que por sinal arranjou um casamento para que a neta pudesse salvar o título da família. Sendo a condessa de Rothford, Elizabeth sempre soube que se casaria por obrigação, mas esse noivo que sua avó arrumou é intragável em seu ponto de vista.

Foi então, enquanto muitos de seus empregados eram mandados embora pelo futuro marido, que Elizabeth teve a ideia de usar a identidade de uma de suas damas de companhia para fugir. O destino de Adelaide (agora Elizabeth) é a Corte de Luz, uma espécie de internato que treina garotas pobres para se tornarem ladys e colonizar o novo mundo.

Enquanto se passava por Adelaide para deixar sua terra natal, Elizabeth foi salva por Cedric, um dos responsáveis por recrutar essas garotas para a Corte de Luz. A ideia era que a condessa não se destacaria nas aulas e testes de etiquetas e assim passaria despercebida. É lá que ela descobre um grande segredo que coloca a vida de Cedric em risco, e a partir daí decide ajuda-lo, mas para que isso seja possível a garota terá que mostrar tudo o que sabe e ser a melhor aluna do internato.

Se esse fosse o grande destaque do livro, acredito que as coisas poderiam ser um pouco mais interessante, no entanto 'A Corte de Luz' é um livro muito 'embolado', se é que vocês me entendem. Existem vários focos, e ao mesmo tempo nenhum, quando eu achava que a autora queria chegar em algum lugar com uma coisa o rumo desviava para outra. Essa foi com certeza uma leitura que testou minha paciência de diversas formas.


Quando eu li a sinopse acreditei estar embarcando em uma fantasia mesclada com distopia ou coisa próxima a isso, mas a leitura está mais para uma espécie de romance de época fantástico, que também teria tudo para dar certo, se a fantasia e o romance não fossem trabalhados de forma superficial. O casal não me transmitiu química alguma e o ponto fantástico se deve a fatos religiosos do enredo e aos nomes fictícios dos países/estados.

Não entrem nessa leitura esperando muito das cenas do internato, pois elas foram poucas, logo as garotas são levadas para o novo mundo e lá são exibidas e praticamente 'leiloadas', uma vez que a ideia da Corte de Luz é treinar essas jovens para se tornarem damas dignas de se casarem com homens importantes dessa nova colônia e consequentemente render algum lucro para os proprietários - e outros envolvidos - da Corte de Luz.


Aí me veio a cabeça aquela questão de 'Como uma nobre que não quer se casar forçada decidi ir para um lugar que vai leiloa-la - praticamente - para um homem rico?'. Aí vem a autora com uma justificativa chula de que é 'Porque mesmo assim ela ainda terá a opção de escolha dentre os vários homens que estão querendo pagar para se casar com ela'. O que até é 'Ok!', pois tive uma resposta, mas não é algo que eu ache justificativo o suficiente, me entendem? Além do mais, outras coisas também foram apenas 'Ok!', como o lance religioso (a fantasia do livro) e o romance entre Adelaide/Elizabeth e Cedric.

São esses motivos que me fizeram ter uma má experiência com Richelle Mead, a leitura de 'A Corte de Luz' não fluiu muito bem para mim. Não foi péssima, mas não me motivava a ler, entendem? Toda vez que eu achava que daquele mato 'sairia coelho' (porque sou uma leitora otimista) a autora me decepcionava. Eu juro que vou tentar fazer essa leitura novamente no futuro, pois tive uma péssima experiência quando li 'Dom Casmurro' e 'A Herdeira' pela primeira vez, no entanto na segunda tentativa acabaram se tornando livros inesquecíveis dos quais adoro.


Então se você tem a intensão de ler 'A Corte de Luz', vá com a mente aberta para bastante informação despejada de forma pouco trabalhada (sim, estou falando de um livro de 400 páginas!). Eu acredito que Richelle poderia ter feito um trabalho melhor dividindo esse primeiro livro em três (hahaha). Não que 'A Corte de Luz' não tenha continuação, na verdade teremos outros dois livros com foco em outras personagens que acompanhamos nesse primeiro livro, que por sinal trás uma premissa muito interessante, mas que não foi desenvolvida de uma forma que tornasse a leitura agradável para mim.

Essa é a minha opinião, se você já leu 'A Corte de Luz', me diga nos cometários como foi a sua experiência, eu ficaria muito feliz em poder debater com pessoas que já realizaram esta leitura.

NOTA:

Richelle Mead é uma leitora voraz, fascinada por mitologia e folclore. Autora reconhecida tanto pelo público como pela crítica na área da fantasia urbana para adultos. Autora da série bestseller, Vampire Academy, com fãs pelo mundo todo, e que ja ganhou honras da American Library Association.

Comentários via Facebook

3 comentários:

  1. Mesmo com essa receptividade negativa por parte do livro, eu acho que adoraria ler ele. Me lembrou muito a saga "A Seleção" e como eu gostei muito desta, aposto que de A Corte de Luz ia ser mais um favorito pra lista.
    Gostei bastante da tua resenha, Thais!

    Beijão,
    Vinicius
    omeninoeolivro.blogspot.com

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  2. Olá! Ganhei esse livro e estava na dúvida se iniciava ou não a leitura agora, mas a partir da sua resenha acho melhor esperar um pouco mais, afinal não quero me decepcionar. O enredo pareceu ser bem interessante uma pena não ter sido bem trabalhado.

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  3. Oii
    Eu já não havia gostado da sinopse, depois de ler algumas resenhas percebi mesmo que o livro é um balaio de informações e pontas soltas. E tem mais, não simpatizei com a protagonista, achei ela mais com jeito de personagem secundaria, dá pra perceber que não foi bem trabalhado o livro. Infelizmente essa é uma leitura que não vou gostar, então deixo passar.
    Bjs

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