[Resenha] O Príncipe Corvo - @EditoraRecord

Título Original: The Raven Prince
Autor: Elizabeth Hoyt
Editora: Record
Ano: 2017
Gênero: Romance de Época, Romance 
Páginas: 350
Comprar: Amazon, Submarino, Americanas

Sinopse: Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante Chega uma hora na vida de uma dama... Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil. Em que ela deve fazer o inimaginável... O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. E encontrar um emprego. Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante. (SKOOB)

'O Príncipe Corvo' é o primeiro livro da Trilogia dos Príncipes, escrito pela autora Elizabeth Hoyt, e publicado recentemente no Brasil pela Editora Record. Esse foi o meu primeiro contato com a escrita da autora, que por sinal já escreveu vários outros livros, que eu com certeza vou querer ler futuramente!

Aqui conhecemos a jovem viúva Anna Wren, que mesmo depois da morte e traição do finado marido, não conseguiu abandonar sua sogra. Desde então elas vem fazendo de tudo para reduzir as despesas, desde se mudarem para um pequeno chalé do vilarejo, como treinarem a jovem desajeitada Funny para um emprego de criada, ou até mesmo a venda de rendas fabricadas por mãe Wren. Ainda sim suas economias estão cada vez mais se esvaindo.

Edward de Raaf é o rude e misterioso conde de Swartingham, além de quase ter morrido em surto de varíola, ele também perdeu toda sua família. Agora vive com suas cicatrizes e mal humor de forma reservada na Abadia de seus antepassados. E após ficar sem seu secretário ele dá algumas horas para que um de seus funcionários encontre outra pessoa para a função.

É nesse momento que Anna Wren enxerga a oportunidade de sustentar sua família, e mesmo indo contra todas as regras da sociedade, ela convence a lhe darem o emprego. O que depois de um tempo de convivência acaba sendo desconfortante tanto para ela como para Edward, já que ambos aprenderam a valorizar as qualidades um do outro, e agora se sentem de certa forma atraídos.

Para saciar seu desejo carnal, o conde decide ir até um bordel em Londres, mas não a um bordel comum, e sim ao Grotto de Aphrodite, que além de atender a elite londrina, também da espaço para mulheres comuns que não desejam ter suas identidades reveladas e assim ter uma noite de prazer fora do casamento sem serem comprometidas pelas regras da sociedade da época. E ao descobrir que o conde visitaria o local, Anna Wren decide ser sua amante secreta por uma noite. Ela só não contava com as consequências do que viria a seguir.

Eu preciso dizer que até esse ponto em que eu contei para vocês o livro era só mais um tipico romance de época no meu ponto de vista, mas depois dessa parte ele passou a ser o melhor romance de época que eu li no ano (hahaha).

Anna Wren é o tipo de mulher que não está nem aí para o que vão falar dela, desde que ela faça o que é certo como ser humano, o resto não lhe abala como para as outras senhoras da época. Eu já vi algumas mocinhas com esse tipo de características em outros livros do gênero, mas realmente a Sra. Wren foi a que mais me convenceu até agora. E mesmo quando ela vacilou em relação a isso, foi por conta do que outras pessoas teriam que enfrentar e não por ela.

Edward de Raaf é uma espécie de meu malvado favorito (haha), ele é meio casca grossa, não tem nenhuma beleza externa e mal se deixa criar vinculo afetivo com as pessoas do vilarejo, com seus criados ou com seus animais, mas isso tudo não passa de um disfarce, no fundo ele só não quer se machucar como já se machucou um dia.

Quando se dá a oportunidade, o enredo e os personagens criados por Elizabeth Hoyt são capazes de nos envolver de forma que fica um gostinho de quero mais. Não me bastou só o desfecho do assunto central da obra, ficou aquela vontade de que cada personagem (isso inclui até mesmo o lacaio do conde) tivessem ainda mais espaço, ou quem sabe até seus próprios livros (hahaha).

'O Príncipe Corvo' é sem dúvidas um romance de época viciante, com a dose certa de sensualidade que em momento algum incomoda, além de situações e diálogos sarcásticos que são os pontos fortes de qualquer livro desse gênero. Eu realmente não contava que essa estória me arrebataria desse jeito, por isso indico para qualquer um que goste desse estilo de leitura como também para aqueles que estão ensaiando entrar nessa onde de romances de época e não sabe ainda por onde começar.

A Editora Record fez um lindo trabalho de diagramação, então não se engane, o livro é tão maravilhoso quanto sua capa! E o título 'O Príncipe Corvo' está ligado a uma fábula de um outro livro que está relacionado a estória, que por sinal eu fiquei tão curiosa quanto o destino desse casal protagonista que tanto me envolveram.

NOTA: 

Elizabeth Hoyt é a autora de romance de época mais querida das americanas e best-seller do New York Times, do USA Today e da Publishers Weekly. Ela é autora de mais de vinte livros e mora em Minneapolis, Minnesota.