Título Original: O diário de Anne Frank em quadrinhos
Subtitulo: O Anexo Secreto: 12 de Junho de 1942 a Agosto de 1944
Autor: Mirella Spinelli
Editora: Nemo (Grupo Autêntica)
Páginas: 96
Gênero: Graphic Novels, HQ
Ano: 2017
Comprar: Amazon, Saraiva, Submarino, Americanas, Shoptime, Livraria da Folha, Livraria Cultura
Sinopse: Anne Frank passou dois longos anos escondida no “Anexo Secreto” de um prédio de escritórios em Amsterdã, entre 1942 e 1944. Sua história é conhecida no mundo inteiro graças ao diário que ela escreveu para escapar do tédio do confinamento. Por meio dele, podemos acessar os sentimentos mais profundos da adolescente que, presa por tanto tempo em um pequeno cômodo com outras sete pessoas, ainda se revela uma jovem engraçada, sensível e cheia de esperança. O Diário de Anne Frank em quadrinhos é um relato doce e, ao mesmo tempo, melancólico da garota judia e sua experiência durante a Segunda Guerra. (SKOOB)
Eu não costumo ler muitas HQ, mas quando vi que a Editora Nemo estaria lançando algo tão histórico em forma de quadrinhos, me interessei imediatamente. E mesmo através de ilustrações e diálogos curtos dentro de um balão narrado de forma juvenil, posso dizer que ainda assim Anne Frank comove, emociona e se torna outra vez inesquecível.
O quadrinho é escrito e ilustrado pela Brasileira Mirella Spinelli, nele encontramos a adaptação do título 'O anexo: notas do diário de 12 de junho de 1942 a 1º de agosto de 1944', que relata as anotações que Anne Frank fazia em seu diário na época da Segunda Guerra Mundial.
Alguns podem até não ter lido a história de Anne Frank, mas com toda certeza já ouviram falar sobre a jovem judia que precisou se esconder em um anexo secreto atrás de uma estante, para sobreviver a guerra. Anne ganhou seu diário no aniversário de 15 anos, ela deu a ele o nome de Kiti, e lá despejava seus pensamentos e desejos mais profundos.
Pouco tempo depois Anne Frank e sua família tiveram a ajuda de alguns amigos para se esconder durante o holocausto. No diário a garota relata como era viver sem poder se mover direito - evitando barulhos que pudessem denunciá-los -, sem poder abrir uma janela, ou pisar na rua para fazer as próprias compras ou ir até a escola. Além disso a família acabou dividindo o anexo com outros judeus, e em meio as condições complicadas de viver naquela situação , também precisaram passar pelos conflitos que a convivência com as pessoas nos obrigam a tolerar.
Ainda sim Anne não deixava de ter esperança, não parava de sonhar ou de planejar sua vida fora do anexo, depois da guerra, quando finalmente conquistasse sua liberdade. Ela era apenas uma adolescente, ou até uma mesmo uma criança imatura conforme era julgada pelos mais velhos, no entanto Anne Frank expressou através de seu diário os sentimentos mais puros que um ser humano pode carregar dentro de si. Ela relatou o medo e a depressão que os anos dentro daquele anexo a fez sentir, a indignação e a fé que carregava dentro de si pela humanidade, e a visão que tinha de seu futuro como jornalista.
Sobre a HQ eu confesso que cheguei a pensar que por se tratar de uma edição mais curta, objetiva e ilustrada, talvez eu não me emocionasse tanto. Engano meu! Mirella Spinelli usou todo seu talento de ilustradora em harmonia com os textos extraídos do próprio diário de Anne Frank, me arrancando lágrimas em algumas páginas do quadrinho.
Eu super recomendo a HQ de 'O Diário de Anne Frank', tanto para aqueles que já conhecem sua história, como para os jovens e adolescentes que gostam de livros ilustrados e ainda não leram os relatos de Anne Frank. De alguma forma a alegria, esperança e sensibilidade de Anne Frank te fará ver a vida sob outra perspectiva. Pois mesmo se tratando de uma adaptação em forma de HQ, temos aqui as frases, desejos e pensamentos mais marcantes de Anne Frank. Espero que vocês leiam o quadrinho e tirem as lições de vida que ele nos passa.
Me conforta ver que para a garota que não sabia se um dia alguém iria querer ler os pensamentos de uma jovem e que desejava conseguir viver mesmo depois de sua morte, de certa forma, mesmo passando por tudo que passou, esses desejos se tornaram realidade.
Por ultimo quero dizer que foi a primeira vez que eu li a história de Anne Frank além das frases aleatórias que já me deparei em outros lugares. Eu simplesmente não sabia como escrever essa resenha, tenho um nó na garganta até agora, foi com certeza a resenha mais difícil que escrevi. Provavelmente minhas descrições não chegaram nem aos pés do que eu realmente senti, de tanto que a HQ 'O Diário de Anne Frank' foi branda e ao mesmo tempo intensa.
NOTA:

Mirella Spinelli mineira de São João del-Rei, cidade onde cresceu dividindo seu tempo entre as brincadeiras com as crianças da rua em que morava e a emocionante descoberta dos clássicos da literatura. Com o tempo, essa experiência se transformou em um grande interesse pelas artes plásticas e pela ilustração. Formou-se em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG e deu continuidade à sua constante curiosidade por meio de muita leitura e da busca de todas as fontes de informação que surgissem. Fez pós-graduação em Arte Contemporânea na PUC Minas e em História da Cultura e da Arte na UFMG. Além de ser ilustradora e artista plástica, escreve livros de arte e foi professora de ensino superior de Desenho e de Teoria da Cor. Publicou em 2014, pela editora Nemo, o quadrinho Leonardo da Vinci, da série Mestres da Arte em Quadrinhos.
uau! DEve ser incrível! Eu também apenas a história através de frases aleatórias... curiosa pela leitura!
ResponderExcluirhttps://belezaparatodass.blogspot.com.br/
Oi.
ResponderExcluirNossa, que linda essa edição de HQ! Também não tenho costume de ler esse estilo de leitura, mas com certeza essa é uma ótima dica. Gostaria de conferir, com certeza.
Ótima resenha, como sempre.
Beijos.
Que edição mais linda!
ResponderExcluirEstou apaixonada pelo o livro, conta como era vida dela na Segunda Guerra Mundial, o que ela passou naquele tempo. É um livro com um tema pesado, que infelizmente faz parte do nosso passado :(
Adorei as ilustrações e com certeza vou comprar pra minha coleção ♥
Thaís!
ResponderExcluirÉ um livro inspirador e já é um clássico.
Ver a guerra pelos olhos de uma criança é sempre bem emocionante.
E ver em HQ é bem importante, porque conseguirá atingir um público mais abrangente e até mais infanto juvenil, pois atrai mais, já que os quadrinhos tem algo de lúdico.
cheirinhos
Rudy
Oi Thaís, tudo bem?
ResponderExcluirEu li a história de Anne Frank a algum tempo atrás e me emocionei muito, então quando eu vi que lançariam um quadrinho eu fiquei surtada. Achei as ilustrações maravilhosas, a autora fez um ótimo trabalho. Ansiosa para conferir essa história novamente por outro formato.
Beijos