[Resenha] A Prisão do Rei - @EditoraSeguinte

Título Original: King's Cage
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Série: Livro 3 - Série A Rainha Vermelha
Ano: 2017
Páginas: 552
Gênero: Distopia
Comprar: Amazon

Sinopse: Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta. (SKOOB)

'A Prisão do Rei' lançado no Brasil em Março de 2017, é o terceiro livro da série 'A Rainha Vermelha' (resenha aqui) que vem sendo publicada pela Editora Seguinte, e começa exatamente onde 'Espada de Vidro' (resenha aqui) acabou. Por tanto se você ainda não leu os dois primeiro livros da série, fica por sua conta e risco continuar lendo essa resenha (que poderá conter SPOILERS).

A autora Victoria Aveyard gosta de deixar ganchos enormes quando finaliza os livros dessa série, e em 'Espada de Vidro' vimos Mare se entregar à Maven para poupar a vida daqueles que ela ama, é assim que também começamos a leitura de 'A Prisão do Rei'. Agora a garota elétrica passa seus dias como uma cadelinha na coleira do Rei, presa em uma cela e algemada por pedras silenciosas que não a deixa usar todo o seu poder para escapar da obsessão de Maven.

Meses se passam e Mare percebe que inocentes continuam sofrendo na tentativa de tira-la das garras de seu ex-noivo, ela então começa a jogar com o pouco que tem, e nessa vai descobrindo o que aconteceu para transformar tanto o garoto por quem se apaixonou um dia.

Maven por sua vez usa a imagem da garota elétrica para mudar o rumo dessa guerra, o Rei dá à Mare uma visão de seus planos, que por sinal não são nada bons e acaba revelando a ira de várias casas da realeza, incluindo a de Evangeline. Agora a luta entre Norta, Lakeland e a Guarda Escarlate ultrapassa as fronteiras e outros reinos assumem lados e selam alianças dentre os lados dos quais vão ajudar a lutar.

Como já é de lei em séries distópicas este é o livro que vem para trazer um bando de informações politicas sobre esse novo universo, o que na maioria das vezes me faz arrastar a leitura, e com 'A Prisão do Rei' não foi diferente, pelo menos até a metade do livro. Isso foi algo frustrante em comparação ao ritmo estabelecido pela autora em seus dois livros anteriores a este. Não vou negar que as cenas com tentativas de fuga para Mare até me animaram, e pensei estar diante de reviravoltas que infelizmente não aconteceram antes das trezentas primeiras páginas.

Além disso a narração dessa vez é alternada entre Mare, Cameron e Evangeline, o que nos deu uma visão das três pontas deste triângulo. O fato de Mare ainda nutrir uma esperança por Maven me deu desespero, pois por mais que tenhamos uma justificativa para ele ser quem é, nada muda o fato de quão o Rei é maldoso e ganancioso pelo trono. Novamente eu quis dar um chacoalhão em Mare Barrow e mostra-la o quanto estava sendo irritante em se quer pensar em se sentir dividida novamente.

Já Cameron faz parte dos sangues novo recrutados por Mare no livro anterior, confesso que nem me lembrava muito dela, mas ter uma visão do que acontecia com a Guarda Escarlate enquanto o enredo seguia monótono dentro da prisão do rei era algo essencial. O único problema é Cameron é uma personagem da qual tem um ponto de vista que vai contra a causa da Guarda Escarlate e isso não contribuiu nem um pouco para que o livro ficasse mais animado.

Evangeline no entanto foi o que me deixou de queixo caído nessa história, eu não fazia ideia do que se passava dentro daquela cabecinha perversa da Magnetron que até então eu só tinha uma opinião através dos pensamentos de Mare. Infelizmente o ponto de vista dela só entra na reta final, o que deixa muita coisa oculta durante a leitura mas que acaba sendo revelada rumo aos últimos capítulos. E por falar em final, Victoria não nos poupou sofrimento e finalizou as 552 páginas em mais um momento crucial que me deixou novamente desesperada pela continuação.

Levando esses fatos em consideração, posso dizer que 'A Prisão do Rei' não foi o melhor livro da série, mesmo assim continua sendo um enredo de muito potencial, que trouxe dessa vez informações extremamente necessárias para o rumo dessa rebelião. Me lembro de uma vez ouvir dizer que para conhecer uma pessoa de verdade é só dar a ela poder, e eis que é mais ou menos isso que me fez pensar esse terceiro livro da série. As negociações politicas entre os reinos que se aproximaram dessa guerra nos mostra o quanto vermelhos e prateados estão longe da paz. Eu só espero não me decepcionar com Cal, pois por mais que eu torça para que este final tenha sido um gancho do famoso jeito de nos surpreender da autora, sinceramente não consigo enxergar nem de longe o que Victoria Aveyard vem tramando para por fim - ou não - nessa guerra. Mas uma coisa é certo, estarei contando os dias para ler o ultimo livro da série e torcendo para que a autora nos traga algo tão excitante quanto seus dois primeiros livros.

NOTA:

OUTROS LIVROS DA AUTORA RESENHADOS NO BLOG:

  

Cresceu em Massachusetts e frequentou a Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles. Formou-se como roteirista e tenta combinar seu amor por história, explosões e heroínas fortes na sua escrita. Seus hobbies incluem a tarefa impossível de prever o que vai acontecer em As Crônicas de Gelo e Fogo, viajar e assistir a Netflix.