[Resenha] Muito Amor, por favor! Um sentimento em quatro elementos. - @editoraarqueiro

Titulo Original: Muito Amor, por favor! Um sentimento em quatro elementos.
Autor: Frederico Elboni, Arthur Aguiar, Ique Carvalho e Matheus Rocha
Páginas: 240
Editora: Arqueiro/Sextante
Ano: 2016
Gênero: Romance Nacional, Auto Ajuda
Comprar: Americanas, Submarino

Sinopse: Este livro reúne textos que mostram o amor do ponto de vista de quatro jovens que escrevem sobre relacionamentos legítimos e atuais, que souberam se reinventar. Sem medo de expressar seus sentimentos, deixam para trás estereótipos já obsoletos – como o controlador machista ou o piegas choroso – e falam sobre viver a dois e sobre a natureza das relações em todos os seus aspectos. Assim, cada autor reflete sobre o amor representado por um elemento: Arthur Aguiar escreve que “O amor é água”, dizendo que ele é fluido, mas por vezes gelado; ora tempestade, ora profundo. Fred Elboni explica que “O amor é ar”, mostrando a leveza de se amar sem sofrer, da brisa que envolve os apaixonados, mas que por vezes torna-se furacão. Ique Carvalho se debruça sobre quando “O amor é fogo”, que arde, aquece a alma, mas que também pode incendiar até doer. E Matheus Rocha conta que “O amor é terra”, estável, tranquilo, mas que não escapa dos terremotos da vida, que tiram tudo do lugar para que a rotina não o extermine. Um livro apaixonante, para quem ama e para quem quer amar um dia... e sempre. - O Amor É Água Arthur Aguiar escreve sobre o amor quando ele é como a água: pode ser agradavelmente quente ou ferir se ficar gelado e rígido. Por vezes é tempestade, por vezes, calmaria. Mas quando é fluido, torna-se profundo e amolda-se a tudo. - O Amor É Ar Frederico Elboni fala sobre o amor ar, aquele que é leve, que eleva, faz flutuar. Mostra como é amar sem peso, sem amarras. Mesmo quando vem um vendaval, logo volta a ser a brisa, envolvendo os apaixonados com carinho e cuidado. - O Amor É Fogo Ique Carvalho escreve sobre o amor quando ele é fogo, que arde, arrebata, aquece a alma, mas às vezes incendeia até doer. Pode se manter como brasa por muito tempo, aguardando a chance de ser chama de novo, ou até renascer das cinzas - O Amor É Terra Matheus Rocha fala sobre do amor do tipo terra, aquele estável, certo, que traz segurança, mas que pode, de vez em quando, provocar terremotos que abalam estruturas, tiram tudo do lugar e viram a rotina de ponta-cabeça. (SKOOB)

'Muito Amor, por favor!' é um livro super fácil de ler, pois sua narrativa é leve e envolvente. O livro trás 4 contos escritos por 4 autores diferentes: Arthur Aguiar, Frederico Elboni, Ique Carvalho e Matheus Rocha; cada um deles teve como inspiração os quatro elementos da natureza; água, ar, terra e fogo.

O foco e tema central é o amor, como se observa logo de cara. Cada conto tem sua peculiaridade pois cada escritor tem técnicas diferentes, sem mais delongas vamos conhecer as histórias? 

O primeiro conto foi escrito por Ique Carvalho e teve como inspiração o elemento fogo. Ique nos conta experiências amorosas pelas quais passou e como cada uma delas teve suas peculiaridades. Tendo inspiração no elemento fogo, ele deixa claro o quão aconchegante e perigoso o amor pode ser; em determinados momentos nos aquece e nos tranquiliza, em outros pode ser incômodo e destrutível.

Logo de cara oque me chamou atenção em relação ao conto do Ique, não foi as histórias em si, mas sim o modo de escrita do autor; ele escolheu palavras fáceis e populares e as transformou em algo sofisticado, soube muito bem como construir seu conto. Em determinado momento ele usou a seguinte frase, a qual mexeu comigo pois é a mais pura verdade:

Às vezes é preciso uma boa queda para tirar você de um lugar em que não deveria estar.

 Reflexões podem ser tiradas através desse primeiro conto do livro!

O conto seguinte foi o meu favorito de todos, Matheus Rocha inspirou-se no elemento terra e mostrou que o amor pode ter raízes profundas e resistentes às turbulências que todo relacionamento tem, mas que também em momentos pode ser avassalador como um terremoto, deixando marcas como sinal de sua passagem.

Assim como Ique, Matheus Rocha construiu seu conto em cima de suas próprias experiências amorosas, o diferencial foi que a escrita do Matheus me pareceu ser mais sincera, verdadeira, pois com o desenvolver da narrativa pude sentir o sentimento que ele demonstrava através das palavras.

Tendo passado por turbulências com seu amor, o autor conseguiu narrar o momento com maestria, fazendo com que o leitor sinta suas incertezas, suas dores. Se eu tivesse que descrever a história de Matheus Rocha em duas palavras elas seriam: sinceridade e envolvente.

Na sequência, temos o conto de Arthur Aguiar, inspirado no elemento água. O conto do Arthur foi o que mais teve 'ação' em minha opinião, pois em comparação com os dois primeiros, muito mais coisas aconteceram na agitada vida amorosa dele. Reflexões também podem ser tiradas a partir de seu conto; o amor é fundamental em nossas vidas, assim como a água. Por ter tamanha importância às vezes nos deixa dependentes de sua calmaria como se estivéssemos flutuando, em outras ocasiões nos causa tristeza expressa em lágrimas, depende da forma com que cada indivíduo usufrui desse fundamental elemento na vida humana.

As técnicas de escrita do Arthur são notáveis, porém não fui envolto pela narrativa assim como fui com os demais. Talvez por ter acontecido muitas coisas não senti sinceridade no conto, foi pura coisa de novela, sabe? Em certas ocasiões amores perfeitos, em outras amores fantasmas que por mais que já tivesse chegado em um fim, insistiam em reaparecer. No geral, é um bom conto, acredito que os fãs dele amariam lê-lo.

O último é escrito por Frederico Elboni, inspirado no elemento ar. As reflexões que pude tirar foram de grande serventia, em certa altura da leitura tive de parar para pensar, pois oque foi relatado e transmitido por Frederico é realmente verdade; o amor é misterioso assim como o ar, não podemos vê-lo mas podemos sentir sua presença em diferentes intensidades, ele pode ser envolvente como uma brisa do fim de tarde, nos dá a sensação de estarmos completos na presença de um outro alguém mas ao mesmo tempo a sensação de estar, sermos livres; já em outros momentos, pode ser destruidor como um furacão, pois sua força é incomparável, indomável.

A leitura do livro foi me envolveu de tal forma que cheguei até a estranhar, confesso. Não criei grandes expectativas em relação às histórias, e acabei sendo surpreendido. Já comentei com vocês, não são grande fã de nacionais, são poucos os livros que me chamam atenção e despertam interesse para com a leitura.

'Muito amor, por favor!' em primeiro contato que cativou pela arte da capa (editora Sextante ARRASOU, na diagramação, capa, tudo!), logo depois pela sinopse comprovei que estava 'tocado' pelo livro, e com convicção digo que não me arrependo de ter lido. Recomendo para toda classe de leitores. O livro em geral trata de algo essencial na vida humana, que é o AMOR, e que infelizmente está se perdendo cada vez mais.

NOTA:

Frederico Stewers Elboni nasceu em São Paulo, mas hoje é morador do pacato estado de Santa Catarina. Com um diploma em Publicidade e Propaganda, é vidrado pelo comportamento humano e suas facetas. Em 2011 e 2012, foi autor-roteirista do programa Amor & Sexo da Rede Globo e hoje é dono do blog “Entenda os homens”, que registra mais de 5 milhões de acessos mensais. Apaixonado pelos conhecimentos empíricos da vida, sushi e nhá benta, sempre gostou de mostrar às pessoas como tudo pode ser simples. Acredita fidedignamente na teoria de que os sorrisos podem curar qualquer coisa. Menos mau-caratismo e o horrendo hábito de colocar ketchup na pizza.

Após três anos de incertezas, decidiu abandonar o curso depois que uma professora leu um texto seu e disse emocionada: “Você não é psicólogo. É escritor”. Formou-se então em Publicidade e Propaganda na mesma universidade, e trabalhou em algumas agências, até abrir a sua própria, em 2009, onde é diretor de arte. A paixão por escrever o levou a criar um blog em 2010. Em junho de 2013, dois fatos mudaram totalmente os rumos de sua vida e de seu blog: na mesma semana viveu o fim traumático de um relacionamento, seu pai recebeu o diagnóstico de uma doença degenerativa grave e irreversível. Começou a partir daí a contar no blog histórias tocantes sobre a vida, o amor, e sobre seu pai, com as quais milhares de pessoas se identificaram, e em pouco tempo o blog se popularizou, atingindo milhões de visualizações, assim como sua página no Facebook, que já tem mais de 150 mil fãs.

Arthur iniciou sua carreira nos esportes, durante quase dez anos da sua vida dedicou-se à natação, foi federado e treinado pelo Botafogo conquistando títulos em diversos campeonatos e ganhando medalhas até os seus 19 anos, quando foi encontrado por um diretor que precisava de um ator com o seu perfil para sua peça, e assim, Aguiar começa a traçar seus passos no mundo do teatro, surpreendendo toda a família e quem acreditava no seu potencial como atleta. Como nas piscinas, Arthur Aguiar se dedicou ao teatro e à televisão e foi se destacando pelo seu talento. 'Muito amor, por favor.' ´é seu livro de estréia.

Matheus Rocha nasceu em 1991 em Feira de Santana, na Bahia. Ainda pequeno, rabiscava poemas e textos que narravam seu cotidiano, utilizando-se da escrita como forma de expressão. Graduou-se em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Faculdade Anísio Teixeira, em Feira de Santana, e atua na assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação de sua cidade. Sem nunca ter parado de escrever crônicas e textos curtos, em 2012 Matheus os reuniu em um lar virtual chamado Neologismo, que inicialmente teve formato de Tumblr, depois migrou para o Facebook, ganhou asas com um blog e hoje passeia também pelo Instagram e pelo Twitter. Aborda assuntos que variam entre amor, amizade, sonhos e vida. Ele fala sobre viver. Sobreviver. Com suas criações, dá vazão à sua missão de ajudar as pessoas a encontrar conforto, e talvez alguma lógica e afeto, em toda a confusão que é inevitável na vida de qualquer ser humano. Agora, seus escritos encontram uma nova casa, com este livro publicado pela Editora Sextante.

See you soon, Lucas!