[Resenha] A Caçadora de Bruxos - @editorarecord

Titulo Original: The Wiitch Hunter
Autor: Virginia Boecker
Editora: Grupo Editorial Record / Galera
Ano: 2016
Páginas: 308
Gênero: Young Adult
Comprar: Submarino

Sinopse: No mesmo estilo de Guerra dos Tronos, “A Caçadora de Bruxos” reconstrói uma Inglaterra medieval mítica, com magia e muita intriga política Na Ânglia do século XVI, a prática da magia é ilegal e infratores são queimados nas fogueiras. Elizabeth Grey é uma das melhores caçadoras de bruxos do rei: ela localiza e captura Reformistas, rebeldes suspeitos de praticar feitiçaria para que sejam julgados e executados, conforme manda a lei. Até que, inexplicavelmente, ela é incriminada e acaba presa sob a acusação de praticar a arte que se dedicou a erradicar. A salvação, no entanto, acaba vindo na forma de seu maior inimigo: Nicholas Perevil, o mago mais poderoso e procurado de Ânglia. À medida que Elizabeth se associa aos Reformistas, suas crenças sobre a legitimidade da proibição da magia são profundamente abaladas. Ela se vê em meio a uma contenda política de proporções épicas e percebe que seus antigos aliados agora são seus inimigos mortais. Será que Elizabeth está pronta para decidir de qual lado está sua lealdade, afinal de contas?

Primeira obra que leio da autora Virginia Boecker e com convicção digo que esta é um tanto quanto controversa, houve momentos na narrativa que me 'perdi' nos pensamentos e falas da protagonista, demorei um pouquinho para entender que tipo de personalidade a autora havia traçado para ela; uma mulher forte e determinada a fazer as coisas por conta própria, e esnobe.

Estamos em 1558, conheçam Elizabeth uma jovem caçadora de bruxos que trabalha junto de Caleb, parceiro com quem cresceu junto, ambos lutam a favor da nova lei que tenta banir o uso de magia, mas as coisas nem sempre foram assim. Um tempo atrás a pratica de magia era aceita abertamente pelo rei e pelas famílias da Inglaterra medieval, era usada para tratamentos através de poções, consumo de ervas e também para proteção, alguns bruxos passaram a usar sua magia com más intenções o que vocacionou uma espécie de guerra, qual destruiu e abalou várias famílias, após tal feito a magia se tornou proibida na região, aqueles que à praticassem seriam capturados e queimados na fogueira, e era isso oque Elizabeth e Caleb faziam, com todo cuidado e profissionalismo ambos investigavam e caçavam os que estavam desobedecendo a lei. Como é de se esperar eles não tem batalhas fáceis, afinal de contas estão lidando com magia, mas as ótimas habilidades de luta e caça conquistadas por eles em anos e anos de treinamento, se prevalecem. 

Elizabeth se orgulha do que faz e por se orgulhar tanto em boa parte do tempo ela quer fazer as coisas sozinha. Caleb hesita mas é sempre ela quem dá o 'primeiro passo' na batalha, logo no início do livro o leitor presencia uma das caçadas aos reformistas rebeldes que estão a praticar magia, os bruxos não apenas lutam mas como conjuram fantasmas/criaturas mágicas para lhes ajudarem, o que dificulta ainda mais o trabalho da dupla, após momentos de apuros os defensores da lei se saem melhor; mas esta não fora a melhor caçada de Elizabeth, por ser orgulhosa e querer se virar sozinha ela comete um erro que jamais havia feito. Com o passar da narrativa ainda acompanhando o trabalho de Elizabeth e Caleb, de repente ela é acusada de praticar magia, nem mesmo houve tempo para buscar explicações, como a lei era bem clara qualquer pratica de magia seria uma passagem só de ida para a fogueira, assim Elizabeth é condenada. A partir daí, ela passa a ser ajudada por pessoas que nunca imaginaria, uma nova versão sobre a pratica de magia lhe é apresentada o que a faz reavaliar seus conceitos em relação ao que fez durante toda a vida, diante de tal reavaliação Elizabeth se sente dividida entre tentar provar de alguma forma a sua inocência ou aliar-se àqueles que dedicou sua vida a combatê-los... A estória acaba de forma razoavelmente boa, vamos esperar para ver o que virá no próximo livro.

Busco em minhas resenhas ser o mais fiel possível aos meus sentimentos em relação ao livro lido na ocasião, sendo assim, tenho algumas verdades a por na mesa referente a 'A Caçadora de Bruxos'; 

A) Gostaria muito de saber oque está acontecendo com o dom criativo dos autores mundo afora, neste livro o leitor encontra referências de diversas outras obras literárias, um pouco disso, um pouco daquilo, resultando em mais um clichê do universo YA (Young Adult). Analisando o conjunto da obra ela até pode ser ótima para alguns, momentos de ação, drama até mesmo suspense se fazem presente na narrativa, mas o que me incomodou foi o fato de haver muitas referências de outros livros: ''No mesmo estilo de Guerra dos Tronos...'' como é descrito na sinopse, Virginia Boecker não apenas quis seguir o estilo como pegou um pouco da estória, mudou alguns detalhes e acrescentou em seu livro.

B) Para quem é fã de YA ou até mesmo àqueles que gostam de ler eventualmente já deve ter ficado claro que independentemente do foco central da história os personagens dos diversos livros que existem no gênero sempre terão algo parecido em suas personalidades, seja características físicas ou sentimentais que impulsionam no ser e agir dos personagens, neste livro não é diferente galera, olha só que legal! Temos a mocinha marrenta que quer fazer tudo sozinha mesmo que esteja em apuros; o mocinho bondoso que quer ajudar em tudo e que eventualmente passa descobrir sentimentos diversos; e assim vai. Pegue um livro YA qualquer e descreva a personalidade de um personagem qualquer, certeza de que será similar com a dos personagens deste livro. E assim a onda de clichês vai seguindo, até onde eu não sei, espero que ela não se faça presente no próximo livro 'The Chase (The Witch Hunter 2)'.

NOTA:

Virginia Boecker recentemente passou quatro anos em Londres sua obsessão sobre história medieval Inglesa, que formou a base de seu romance de estréia, 'The Witch Hunter'. Ela agora vive em Portland, Oregon com o marido e passa os dias escrevendo, lendo, correndo e correndo em torno de seus dois filhos e um cachorro chamado George. Além de reis ingleses, rainhas de nove dias, e princesas protestantes, suas outras obsessões incluem The Smiths, museus de arte, champanhe e Chapstick. Você pode visitar Virginia on-line em virginiaboecker.com ou no Twitter @virgboecker.

See you soon, Lucas!