[Resenha] Terras Metálicas - Editora @NovoSeculo

postado dia 17 julho 2014

Terras Metálicas
Titulo Original: Terras Metálicas
Autor: Renato C. Nonato
Editora: 
Novo Século
Ano: 2012

Páginas: 616
A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar… Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.

Nessa distopia conhecemos Raquel, uma pré-adolescente de 12 anos, super aventureira, que vive entrando em confusões, que tem os melhores amigos possíveis e que vive na Esfera. 

Depois da Última Guerra, o planeta Terra foi aniquilado, na verdade ele se transformou em “Um grande caldeirão radioativo” impossibilitando assim a vida dos seres humanos. As pessoas que sobreviveram foram levados para uma espécie de capsula (pelo menos foi assim que eu entendi haha) que é chamada de Esfera. Essa capsula é dentro do próprio planeta terra, e é autossustentável, então tudo o que os seres humanos precisam, eles conseguem lá mesmo. Não sendo aceitável ou possível que as pessoas retornem a superfície terrestre.

Para conseguir manter o equilíbrio social, as pessoas quando chegam à idade em que Raquel está passam por uma espécie de formatura e recebem um chip. O chip é responsável por resaltar a maior qualidade de uma pessoa e assim essa pessoa após mais alguns anos de estudo poderá ajudar a sociedade de acordo com o ‘poder’ que tem.

As pessoas são divididas em cinco categorias, sendo elas:  Os Exilados, Os Bios, Os Sibérios, Os Antenas e Túneis. Os Túneis são aqueles que podem  mover objetos a distância, os Antenas controlam a mente de qualquer pessoa, os Bios controlam o corpo, os Sibérios conseguem esfriar ou esquentar qualquer coisa e os Exilados são aqueles que não tem nenhum poder mas são de fundamental importância para a Esfera, pois conseguem chegar onde qualquer outro grupo não pode, por causa da interferência que pode ocorrer nos chips implantados.

Raquel, juntamente com seus amigos Tales, Ângelo e Camila, já sabem o que desejam ser e torcem para conseguirem, mas o grupo é abalado, quando descobrem durante a cerimônia que Ângelo se tornou um Exilado.

No retorno as aulas, agora para trabalharem no poder que adquiriram na cerimônia, o grupo é obrigado a se separar, pelo menos no período de aula. Camila e Raquel se tornaram Túneis, e Tales um Bio. Durante as aulas, a professora Olivia acaba se aproximando de Raquel e sem querer deixa vazar uma informação muito importante para a menina.

O Mainframe, que é o sistema responsável por manter a Esfera se autossustentado está sofrendo algum tipo de atraso por estar sobrecarregado. Raquel e seus amigos resolvem investigar sobre isso, e acabam por descobrir que no ritmo em que está, a Esfera só durará mais três anos e alguns meses. Decidida a tirar isso a limpo, Raquel e seus amigos armam um plano para que consigam assim entrar em contato com a Elite – que é a parte da sociedade responsável por toda a Esfera - para saberem qual é a real situação da Esfera.

É na visita a sede, o lugar aonde a Elite trabalha, que mais um membro é adicionado ao clubinho da Raquel. Isabela, a neta de Alastor - Regente da Esfera - acaba juntando-se ao grupo para não só discutir sobre o assunto, mas também para tentar achar uma solução para o Mainframe.

Ângelo ganham uma viagem para qualquer lugar dentro da Esfera, mas resolver ir para as Áreas Afastadas, lugar aonde a maioria dos Exilados trabalham. O problema é que um grupo denominado Facção, e que tem como objetivo derrubar a Elite do poder, também se concentra nessa área. Raquel e o restante do grupo ficam com um pé atrás com a escolha do amigo, mas quando veem que Ângelo não voltará atrás em sua decisão, eles o apoiam. Isabela, por ser da Elite, consegue uma viagem para ela e o restante do grupo irem visitar Ângelo.

É nas Áreas Afastadas que a grande aventura do grupo começa. Eles acabam tendo que conviver com pessoas das mais variadas índoles (e muitas vezes, das piores possíveis e imagináveis), eles são sequestrados pela Facção e se transforma em reféns, uma rebelião começa entre Elite e Facção. Mas o mais importante é: Deslacrar a Esfera e ir para superfície terrestre se torna cada vez mais, a melhor solução dos problemas da Esfera, e Raquel e seus amigos estão cada vez mais interessados nessa possibilidade.


Essa distopia é sensacional, não perde em nada pra essas distopias gringas que nos últimos tempos estão fazendo o maior sucesso.

O mundo imaginário criado por Renato é bem explorado, os detalhes são bem trabalhados e bem construídos também, e a história não deixa nenhum fio solto. Uma das coisas que eu mais achei legal, é que nas distopias gringas, a grande maioria das vez a sociedade é sempre em um país reconstruído ou alguma coisa do gênero, e nessa não, as pessoas vivem dentro da terra.

Alguns termos e algumas explicações que o autor usa são bem técnicas, e eu acho que isso tem muito a ver com a formação acadêmica dele, e isso é muito bacana, por que trás uma veracidade muito grande pro texto dele.

O livro tem muitos clichês típicos desse gênero textual, como por exemplo a sociedade dividida em classes, as rebeliões, o personagem principal ser uma “garota forte”, entre outros, mas que eu acho que não atrapalha em nada a narrativa.

Um ponto que eu achei meio estranho foi a idade da personagem principal, sei lá acho 12 uma idade muito baixa para uma personagem que passa por tudo que Raquel passou, e fora que nessa idade, tanto os meninos quanto as meninas não tem muita maturidade né!

Outra ponto que eu não curti muito foi a extensão da narrativa, eu achei a leitura muuuuuuuuuuito arrastada, muito densa e um pouquinho cansativa. Então na metade do livro eu parei, li outro livro e só então voltei pra Terras Metálicas.


Enfim, o livro é muito bom, foi uma leitura bacana e quem gosta de distopia corre pra conferir esse por que vai gostar muito também.

NOTA:  

Beijos , Anna (:


Comentários via Facebook

7 comentários:

  1. mesmo curtindo distopia eu não me interessei pela história desse livro, até me convidaram para um book tour, mas realmente...
    não me interessei :(
    http://torporniilista.blogspot.com.br/

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    1. Como eu disse Val , a história é bem interessante , mas se você não sentiu uma empatia logo de cara por ele , acho difícil se animar agora né hahaha

      Beijos , Anna

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  2. Gosto bastante de distopias, mas enredo arrastado? Ai não, melhor não rs.
    Ficou até resceoso em ler este livro.

    David - Leitor Compulsivo (www.leitorcompulsivo)

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    1. Eu sou viciada em distopias , eu já li algumas e estava super empolgada com essa, mas esse detalhe dificultou bastante ! Alias , já leu Divergente ? Saca a enrolação que tem no inicio do livro ? Então , Terras Metálicas foi quase durante todo o livro !

      Beijos , Anna

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  3. Amei a resenha vou procurar saber mais sobre esse livro!
    Bjs, se puder comentar nessa resenha ajudará muito:
    http://resenhasteen.blogspot.com.br/2014/07/despertar.html
    Bjs, Nay =D

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  4. No começo achei um pouco tediante, mas depois fiquei interessada! Principalmente por ter personagens com personalidade forte.
    e-nquantoisso.blogspot.com.br/

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  5. Bem interessante, nunca vi uma distopia nacional e pelos contextos apresentados, o livro me parece ser bom. Apenas é estranho a idade da personagem, 12 anos é uma idade baixa e até algo mais para fantasia, mas enfim, acredito que eu vou gostar de ler Terras Metálicas. :)

    Beijos.

    www.daimaginacaoaescrita.com

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