[Resenha] Brilho - Editora @Geracaobooks

Titulo Original: Glow
Subtitulo: Em Busca de Um Novo Mundo
Autor: Amy Kathleen Ryan
Série: Livro 1
Editora: Geração Editorial
Ano: 2012

Páginas: 356
Gênero: Ficção Norte-Americana

Sinopse: mais fascinante trilogia desde Jogos Vorazes. A Terra não existe mais, e em duas naves que procuram um novo mundo no espaço, uma menina de 15 anos precisa casar e engravidar para garantir a sobrevivência da humanidade. Enquanto isso, uma sucessão de acontecimentos eletrizantes torna a jornada pelo espaço algo absolutamente imprevisto. Temas como religião, a escolha da mulher e a ideia de poder e dominação vão aparecendo muito suavemente articulados ao longo da trama, amarrando o leitor com surpresas e reviravoltas estonteantes. São temas universais, postos num livro por uma escritora surpreendente e que promete arrasar a cena literária a partir desta sua fantástica criação. (SKOOB)

Brilho, da autora Amy Kathleen Ryan, é o primeiro livro da trilogia Skychasers (Em busca de um novo mundo) publicado aqui no Brasil pela Geração Editorial através do selo Geração Jovens. E trata-se de uma série distópica com uma pitada de ficção cientifica, romance e drama.

Após a Terra entrar em colapso, duas naves espaciais, a Empyrean e a New Horizon, são enviadas ao espaço e por lá já vagam há 40 anos. Seus objetivos? Buscar um novo mundo, habitando e populando a Nova Terra. Sendo assim, todos os passageiros de ambas as naves tem como grande missão procriar e evitar a extinção da raça humana. Eles só não contavam com a aparição de grandes dificuldades para conceber descendentes em meio ao espaço. 

Ao contrario da New Horizon que não possui sinal de fertilidade, atualmente a Empyrean conta com uma boa quantidade de jovens em sua tripulação. E entre eles estão Waverly de 15 anos, e o jovem Kieran, ambos fazendo parte da primeira geração concebida com sucesso. Por ser o primeiro menino nascido dessa futura geração, Kieran tem como destino ser o próximo capitão da Empyrean, e seu namoro com Waverly faz com que todos a bordo esperem por um breve casamento. Porém Waverly não sonha com esse tipo de vida, a garota guarda para si o grande desejo de se apaixonar e se casar em seu devido tempo, sem a pressão de engravidar para garantir a sobrevivência da humanidade.

O que parecia ser um grande problema na vida de Waverly acaba se tornando a coisa mais insignificante quando repentinamente a Empyrean sofre um ataque da sua nave irmã. E em meio a muitas mortes e desaparecimentos, todas as garotas da Empyrean são raptadas e levadas para a New Horizon que foge disparadamente durante a nebulosa, deixando a Empyrean em desvantagem com uma pani em seus motores, o desaparecimento de seu capitão e de todos os outros adultos da nave. Agora totalmente despreparado, Kieran tem que assumir o posto de capitão, salvar a sua amada e controlar um bando de garotos emocionalmente abalados. Tudo isso sem saber se seus pais estão vivos ou mortos, e tendo que lidar com Seth, o filho rejeitado do co-capitão que não deixará com que nada fique fácil para o queridinho da tripulação. 

E se você acha que o drama acaba por ai, está totalmente equivocado! A narração em terceira pessoa faz com que o leitor possa acompanhar os conflitos vividos por Kieran após o ataque da New Horizon, e alternadamente o que acontece com as meninas e o motivo que fez com que uma nave atacasse a outra. Sem falar que a partir daí o enredo vai ganhando cada vez mais intrigas, e seus personagens acaba nos despertando aquele sentimento de amor e ódio ao mesmo tempo. Consequentemente a leitura vai fluindo, e Amy Kathleen vai aguçando o leitor a cada capitulo, fazendo com que o livro fique impossível de ser deixado.  

Assuntos polêmicos como o direito da mulher, religião, poder e liderança vão ganhando espaço de forma delicadamente na trama. E quando eu falo de religião, não quer dizer uma especifica e sim a fé em Deus. Então se você segue alguma religião e acha que isso irá contra ela, não tenha receio quanto isso, o propósito do livro não é esse. 

Eu particularmente adoro livros que tem o dom de me fazer debater minhas opiniões quanto aos assuntos abordados nele, tanto é que eu concordo plenamente quando a personagem Waverley compara a violação dos seus direitos de mulher quanto a seu corpo, com um ato de estupro. E discordo plenamente com a direção que Anne Mather levou a sua fé. Acredito que o problema poderia ter sido resolvido de forma apaziguada, e que como sempre a mentira não te leva a muito distante.

Quanto a comparar Brilho com uma outra distopia - como faz a capa - eu não acho que é a coisa certa a se fazer. Tudo bem que eu não li 'Jogos Vorazes' (não me julguem), muito menos li outra distopia com essa temática. Mas a forma com que a autora explorou esses assuntos que citei acima, foi bem diferente de tudo que eu já vi por ai. Só me desagradou mesmo o fato de eu querer dar uns chacoalhões (essa palavra existe?) em nossos protagonistas e mostrar que eles estavam vendo pelo em ovo (como diz a minha vó), fazendo drama por pouca coisa sabe? No mais, coisas como a morte daquele que você não quer que morre, um fim que te deixa no vácuo e um personagem que a autora não entregou se é a vitima ou vilão, eu até que acabei superando. Acredito que são coisas a serem exploradas nos próximos livros. Então se querem saber, eu mais do que recomendo Brilho, está esperando o que para ler? Corre!!

NOTA: 

PS: Vocês me desculpem a empolgação, mas a capa deste livro é tão linda e foi tão bem trabalhada pela Editora Geração, que eu não pude deixar de tirar uma porção de fotos. Todos esse pontinhos representando estrelas na capa, receberam um tipo de aplicação de Glitter. E o mais legal nisso tudo, é que em hipótese algumas elas vão se soltando enquanto o livro é folheado. #Amei <3