Tão Comum Errar ao Conjugar o Verbo Querer

postado dia 19 maio 2014


O salão estava repleto de pessoas, todas elas ocupavam um lugar importante na sociedade, ou pelo menos era nisso que elas acreditavam.

Ele já havia bebido um grande de quantidade de doses alcoólicas naquela noite, mas nem por isso pensava em parar. Ele sabia que a única forma de passar por aquela noite sem cometer qualquer idiotice seria sedando-se com álcool.

Mais uma dose, ele clamou ao garçom. E então a viu. Ela estava linda, num vestido preto que abraçava as curvas de seu corpo e as realçava de uma maneira que estava longe de ser vulgar. Os saltos altíssimos lhe conferiam uma postura de poder, os lábios pintados de vermelho a faziam mais desejável, se é que isso fosse possível.

Sem notar a presença dele, ou simplesmente fingindo não notar, ela caminhou de forma imponente e determinada, cruzando o salão e chegando até Douglas, ou Doug. O cara que um dia foi seu melhor amigo.

Enquanto andava pelo salão até Doug, ela o viu sentando próximo ao bar, antes porém que ele notasse seu olhar, ela o desviou. Apesar de tudo, ele era o único culpado de toda essa situação, ela constatou.

Ela era uma alpinista social, e nunca fez questão de esconder isso de ninguém, ao contrario gostava de deixar claro para as pessoas o que esperava delas. Por isso quando conheceu ele, ela deixou mais do que claro, que o único motivo existente entre a aproximação de ambos, era o fato dele ser amigo de Doug.

Mesmo sabendo os motivos que os uniam, ele a colocou num pedestal, ele a venerou, ele deu a ela o seu mundo, o seu respeito, o seu carinho, o seu tempo. E não menos importante, deu a ela seu coração. Mas nada disso foi suficiente para ela. Nada disso foi suficiente para impedi-la de alguns meses mais tarde, alguns jantares de luxo, um par de joias e uma noite de sexo selvagem, deixa-lo.

Ele ficou arrasado. Ela ficou Exultante.

Doug, era um cara extremamente ciumento, por isso proibiu ela de ter qualquer relacionamento ou aproximação com ele. O próprio Doug, afastou-se do antigo melhor amigo preferindo assim a dama, que agora estava nos seus braços. Dama essa que ele apresentava para todos como o mais bonito troféu de sua estante.


O álcool era pra anestesia-lo, e o deixar na sua. No entanto ao ve-la se desvencilhar dos braços de Doug e caminhar na direção do banheiro feminino, ele levantou-se  e começou a segui-la sem se preocupar de alguém tê-lo notado.

Diante do espelho que ocupava a parede, ela retocava a maquiagem, mas proritariamente o batom extremamente vermelho. Encarando o reflexo a sua frente, ela notou a figura masculina atrás de si, mas focou-se em arrumar o cabelo, como se estives sozinha no ambiente, e o reflexo atrás de si não representa-se nada.

Pedindo da forma mais polida possível  licença as pessoas com quem conversava, Doug se colocou a passos comedidos a caminhar em direção ao banheiro feminino. Doug havia visto ele entrar no ambiente logo apos ela ter entrado, e isso não o agradava nem um pouco, alias ele sentiu um pequeno calafrio correr lhe o corpo.

"Você está tão linda". A voz dele, que antes ela havia considerado a coisa mais doce do mundo agora estava arrastada e tropega, e ela sabia que isso era devido a bebida.

"Você não devia estar aqui". Ela disse da maneira mais fria possível.

"Você também não", ele disse com uma risada lhe escapando "Sabe eu ainda te amo" ele disse emendando um pensamento ao outro.

Antes que ela tivesse tempo de responder a porta do banheiro foi aberta com um estrondosos barulho e a figura de Doug que se fez presente no ambiente. Sem que o seu adversário pudesse se quer entender o que estava acontecendo Doug partiu para cima distribuindo socos e ponta pés. 

Quando finalmente entendeu a situação, ele começou a  defender-se, mesmo que bater em Doug, lhe doesse. Pois apesar de tudo, ele ainda tinha resquícios dos sentimentos que existiam durante a amizade entre ambos.

Tudo o que ela podia ver, era o liquido espeço e de tom avermelhado espalhado pelo corpo dos dois rapazes. Aterrorizando-a, ela ouviu quando algo em um dos dois foi quebrado. Esse som a perturbaria enquanto ela vivesse. Em um claro sinal de desespero ela começou a gritar por socorro, e uma movimentação no salão em direção ao banheiro feminino se iniciou.

Então ouviu-se o barulho de um disparo.


Ambos os rapazes interromperam os movimentos e viraram-se em direção a moça de aparência frágil, com a maquiagem borrada e lagrimas escorrendo pela face empunhava um revolve.

No salão, as pessoas que movimentavam-se em direção ao banheiro retrocederam e começaram a correr, buscando a saída mais próxima em completo desespero. 

No banheiro os rapazes olhavam consternado a bela moça, e não conseguiam se movimentar. Decidida, ela olhou para um deles, e exigiu que ele retribui-se o olhar. Quando finalmente estavam um preso no olhar do outro, ela disse a frase que durante meses havia aprisionado em seu interior e que a torturavam de uma forma descomunal.

"Eu te amo".

E então o segundo disparo foi ouvido.


Doug correu para fora do ambiente. 

Ele sentiu as pernas bambearem e caiu sobre seus joelhos na frente dela. O olhar dele ficou turvo, a boca seca, e os sentidos começavam a se esvair dele. 

Ela caiu a frente dele sem deixar de um minuto sequer fita-lo. Os olhos lutaram até o ultimo minuto para se manterem abertos, mas ela não tinha mais força. Deitada no chão frio do banheiro, ela sentia sua temperatura igualar-se a do ambiente. O sangue corria para fora de seu corpo, e ela sabia que a morte tinha chegado.

Ela estava morrendo e não havia nada que ele podia fazer. Ele estava perdido, seu mundo se desfazia em sua frente, ele só conseguia pensar, ou melhor imaginar no porque dela ter feito aquilo.

Com um ultimo sopro de vida, ela pode ver uma lagrima solitária escorrendo pelo rosto dele. Feliz, ela fechou os olhos e entregou-se a escuridão.



E ai o que acharam desse pequeno conto ? Gostaram ? Odiaram? contem me tudo hahahah

Beijos , Anna (:




Comentários via Facebook

8 comentários:

  1. Anna eu gostei, mas acho que precisa de uma revisão, ele tem alguns erros de grafia, mas que podem ser facilmente pontuados, e em alguns momentos a descrição ficou arrastada. Acho que você pode refazê-lo deixando mais dramático, mais emocional e até mais visceral. Eu particularmente fiquei confusa com o primeiro disparo. Quem o efetuou??? Mas no contexto geral eu gostei mesmo!!!

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  2. Anna, sua linda!

    Me arrepiei toda! Menina, e o livro de contos? Sai quando? Pois faço questão de estar no lançamento, sabe... Que conto maravilhoso, e forte. Quando custa o amor? É de se refletir. Fiquei com o coração na mão. Você bem sabe que quando venho comentar seus textos não sai nada de útil hahahaha Fico tão impressionada e as palavras somem. Só tenho que dizer que sempre que postar seus contos/textos Anna, me mande, viu?

    Beijos
    http://www.estantedasfadas.com.br/

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  3. Eu gostei bastante. Conseguiu me prender e não consegui desviar os olhos enquanto não terminei. Parabéns!

    Blog Prefácio

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  4. Gente, que coisa perfeita! Fiquei imaginando outra coisa e o final me surpreendeu! Você usa as palavras de maneira lógica e coerente! Adorei!!!!

    Beijos

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.amigasemulheres.com

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  5. Oi, Anna! Parabéns pelo conto, ficou muito bom mesmo. E as imagens que você selecionou também deu uma incrementada no texto em geral :) Só fiquei um tanto quanto confusa em relação aos disparos e coisa e tal.

    Beijão

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  6. Oi Anna,
    Ficou ótimo seu conto. Adorei!!!
    As imagens combinaram perfeitamente.
    bjs

    http://entrepaginasesonhos.blogspot.com.br/

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  7. Maravilhoosoo *-*. Imaginei cada cena hahaha
    Amando muito os seus contos
    Quero mais, quero um livro *-* hahaha

    beijocas

    www.missdivablog.com

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