[Resenha] O Mistério de Marie Rogêt - Editora @LePM_Editores

Titulo Original: The Mystery of Marie Rogêt
Autor: Edgar Allan Poe
Editora: L&PM Pocket
Ano: 2012
Edição: -
Páginas: 64
Gênero: Ficção Americana

Paris, século XIX. Um corpo de mulher, jovem e bonita, foi encontrado boiando no rio Sena. Nas proximidades, um matagal fechado. Lugar ideal para desocupados, marginais e atividades suspeitas. Crime de  fácil resolução? Para Auguste Dupin, famoso detetive, quanto mais simples o mistério, mais difícil a solução. (Skoob)

Auguste Dupin, um celebre investigador, recebe o caso de Marie Rogêt para solucionar. Um crime fácil e totalmente previsível aos olhos de todos, mas definitivamente instigante e intrigante para Dupin. 

Apoiando-se em noticias tidas como verdadeiras pelos mais renomados jornais parisienses, que influenciam não somente a massa populacional como também a própria policia de Paris, Dupin inicia seu processo de investigação concordando em alguns pontos com os jornais mais na grande maioria das vezes contestando firmemente os fatos propostos por essa mídia, afim de coerentemente solucionar o possível assassinato de Marie Rogêt.

Pistas, suspeitos e certezas que vão aos poucos chegando até Dupin, corroboram  para que após uma minuciosa analise, o investigador finalmente chegue a elucidação do mistério.

Tive que manter o resumo do livro em rédeas curtas, porque como é um conto e não uma história qualquer detalhe que eu desse podia se tornar um spolier lamentável.

A estrutura desse livro me lembrou bastante um jogo de perguntas e respostas, pois o enredo é construído a partir das matérias publicadas nos jornais - sobre o possível crime - e a perspectiva de Dupin em relação a essas matérias. Assim a cada novo fato, há uma nova contestação de Dupin, que leva a um novo fato e uma nova contestação e assim suscetivamente.  

O conto é bastante cientifico, existem passagens, por exemplo, que o investigador utiliza-se de conhecimentos químico e biológicos para objetar os fatos apresentados pelos jornais.  Além disso, o conto é bastante denso, por tanto se o leitor não estiver prestando cem por cento de atenção a leitura ele pode se perder e ter que reler uma boa parte do livro novamente.

"Todas as experiencias mostram que cadáveres de afogados ou corpos jogados na água imediatamente após uma morte violenta requerem de seis a dez dias para que haja decomposição suficiente que os faça vir á tona. Mesmo quando um cadáver libera gases e ele emerge antes de ficar submerso ao menos cinco ou seis dias, ele submerge novamente se o deixarem como está." (p.26)

Eu particularmente, desde o semestre passado da faculdade, estava querendo ler algo do Poe, como a Thais falou que ia me mandar um livro da  Editora Geração, sobre o Poe para ler eu acabei me motivando mais ainda a ler uma obra desse autor magnifico, por tanto acho que não será surpresa eu dizer que adorei o livro e a leitura por conseguinte.

Outro ponto que me fez amar a história ainda mais é a fácil associação existente entre Dupin e o meu amado Sherlok. Os métodos dedutivos que ambos aplicam em suas investigações são análogos para dizer o minimo. Dupin foi o percursor dos grandes investigadores que surgiram na literatura como é o caso do Sherlok, por consequência disso não há como amar ao filho e não pai, ou seja não existe como amar Sherlok, amar Dupin.

Beijos , Anna (: