[Resenha] - A Masmorra da Morte

Título: A Masmorra da Morte
Editora: Jambo
Autor: Ian Livingstone
Tradutor: Gustavo Brauner
Páginas: 216

Sinopse: Nas profundezas do sombrio e sinuoso labirinto de Fang, horrores desconhecidos esperam por você. Projetado pela diabólica mente do Barão Sukumvit, o labirinto possui armadilhas demoníacas e monstros sedentos de sangue que testarão suas habilidades — talvez além dos limites de sua resistência. Incontáveis aventureiros tentaram o Desafio dos Campeões antes de você e entraram na boca esculpida do labirinto, apenas para nunca mais serem vistos. Se sair vivo do labirinto, você ficará tão rico quanto jamais sonhou. Você ousa entrar? Tentado pela promessa de um prêmio fabuloso — e o encanto de um desafio jamais vencido — você é um dentre seis aventureiros experientes que se prepararam para o labirinto. Apenas um de vocês vai vencer — o resto vai perecer. Mas quem será o vencedor? Tudo de que você precisa é um lápis e uma borracha para embarcar nesta aventura de espada e magia, com um elaborado sistema de combate e uma ficha onde anotar suas vitórias e derrotas. Muitos perigos estão à sua frente, e o seu sucesso não é nem um pouco certo. Adversários poderosos se colocam contra você, e muitas vezes sua única escolha será matar... Ou morrer!

Ganhei este livro em um sorteio do blog Jornalismo na Alma, da Paola Viricio. Provavelmente este é o tipo de livro que eu jamais compraria pela capa, já que ela me dá medo e o titulo não me desperta nenhum interesse. Porém eu curtir muito a resenha dela e gostei muito de ter ganho o sorteio.

'A Masmorra da Morte' não é um livro como os outros, nele você não encontrará uma narração da qual está acostumada ver e sim um livro dividido em história e jogo. Isso mesmo, um livro-jogo. Legal né?

Logo de incio temos algumas instruções do que será necessário para jogar este livro: lápis, papel, borracha e dados. Mas se assim como eu, você não costuma ter dados guardado na gaveta a espera de um livro jogo, não se preocupe, pois no rodapé das páginas estão desenhados dois dadinhos, onde você foleando o livro acabará tendo um resultado para cada jogada. Além disso algumas dicas também são dadas, de como enfrentar as criaturas da masmorra, recuperar habilidade, energia ou sorte, quais equipamentos e poções são  mais corretos e até mesmo uma ficha de aventura - que vocês podem ver na foto abaixo. Após todo esse preparatório para o jogo, começamos com a história onde o leitor passa a ser o personagem principal e onde todas as suas decisões influenciarão na próxima página do livro.

      

Tang é uma pequena e pacata cidadezinha, até o momento em que o Barão Sukumvit, decide criar o Desafio dos Campeões. Esse desafio acontece todo dia 1° de Maio, nele guerreiros e heróis vão até Tang enfrentar os desafios da masmorra em troca de 10.000 peças de ouro e a chance de deixar a terrível cidadezinha. Os participantes são colocado dentro do labirinto que possuí apenas uma saída, e dentro dele todo o tipo de armadilhas mortais e criaturas monstruosas. Até então nenhum participante sobreviveu, e como personagem principal desta história, você - ou devo dizer o leitor - decidi que irá participar do desafio, que além de habilidades, necessita de muita inteligência.

Eu nunca li nada parecido antes, onde eu mesmo sou o personagem e as minhas escolhas interferirão no destino do próximo paragrafo. Soa até meio sinistro, mas por um momento me senti jogando Jumanji, foi curioso e confuso ao mesmo tempo. Sempre que eu lia um trecho da história tinha duas escolhas a fazer, e dependendo da escolha era o número da página que o livro me mandava ir. O legal é que o fato de que sendo parte do livro você passa a visualizar perfeitamente cada movimento e cada cenário narrado em sua própria mente, com bem mais atenção do que um outro tipo de leitura.

Outra coisa que fica bastante evidente é que nunca os leitores terão uma mesma história lendo este livro. No inicio pode até ser que sim, mas não a partir do momento em que entra na masmorra. O que significa que em um único livro, podemos ter várias histórias. Mesmo que eu e outra pessoa esteja lendo 'A Masmorra da Morte', estaremos lendo uma história diferente. E eu reconheço que o autor foi muito criativo e audacioso ao desenvolver algo tão diferente. Não passei de 10 minutos lendo o livro, já que morri de cede dentro do labirinto, mas nada que me impeça de dar inicio novamente a aventura e tentar um destino diferente ao meu personagem.

Em meio a toda essa descrição que para alguns pode ser estonteante, para mim não chamou muita a atenção. Uma porque eu não faço o estilo que se amarra em coisas sombrias como as ilustrações do livro  - inclusive a capa - e outra porque eu prefiro muito mais uma leitura coerente onde eu não sou o personagem e eu tenha uma sequência exata de páginas a virar. Então acho que 'A Masmorra da Morte' é um tipo de livro que devemos ter na estante, porém para uma hora de distração ou um daqueles momentos em que a luz acaba e fica todo mundo em volta de uma vela inventando joguinhos para passar o tempo. Foi uma experiência válida e se você procura algo diferente e não liga para esse toque sombrio, eu te indico este livro.

NOTA: 

Xoxo

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