[Resenha] - O Velho e o Mar

Título Original: The old man and the sea
Autor: Ernest Hemingway
Gênero: Romance estrangeiro
Páginas: 128
Editora: Bertrand Brasil 

Sinopse: Essa é a história de um homem que convive com a solidão do alto-mar, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e sua inabalável confiança na vida. Esse é o fio do enredo - fio tenso como o que prende na ponta da linha o grande peixe que acaba de ser pescado - com o qual Hemingway arma uma das mais belas obras da literatura contemporânea. Há 84 dias que Santiago, um velho pescador, não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salao, ou seja, um azarento da pior espécie. Mas Santiago possui têmpera de aço, acredita em si mesmo, e parte sozinho para o mar alto, munido da certeza de que, desta vez, será bem- sucedido no seu trabalho.

Esse não era mais um livro que eu estava ansiosa para ler, mas como foi o mais votado pelo grupo literário que eu participo no Facebook, eu resolvi dar a ele uma chance.

Muito velho e azarado, Santiago já está a 84 dias sem pescar nada, ele até contava com ajuda de Manolin, mas os pais do garoto o proibira de pescar junto ao velho azarão. Porém no 85° ele está confiante ser seu dia de sorte e sai sozinho para a pesca e acaba fisgando um espadarte, que arrasta seu pequeno barco para o mar aberto. Será mesmo um dia de sorte? Será este o peixe que mudará sua fama de azarão?

Trecho do livro: "Mas, pensou, eu aguento-as com precisão. O que já não tenho é sorte. Quem sabe? Talvez a tenha hoje. Cada dia é um novo dia. É preferível ter sorte. Mas eu prefiro ser exato. Assim, quando a sorte vem, está-se pronto para ela".

Essa foi uma leitura curta, porém com uma escrita não muito comum, como as que eu prefiro ler. Felizmente isso não fez com que a narrativa ficasse cansativa, e eu só não terminei a leitura em menos tempo porque essa semana foi meio corrida. Enfim, essa não é uma resenha muito fácil de ser feita para mim, já que eu não sei bem como descrever o que senti. No começo não tive muito interesse pelo livro, tanto pela escrita como pela falta de ação. Porém tudo isso mudou a partir do momento em que Santiago pescou o peixe-espada, e a cada segundo eu tentava imaginar o que aconteceria na próxima estrofe. 

Trecho  do livro: Mas era assim grande; e, no fim dessa volta, veio à superfície a umas trinta jardas apenas, e o homem viu-lhe a cauda fora de água. Era mais alta do que uma grande foice e cor de alfazema pálida, acima de água azul-escura. Ao passar mesmo abaixo da superfície, o velho via-lhe o imenso bojo e as listras de púrpura que o enfaixavam. A barbatana dorsal estava retraída mas as peitorais, medonhas, abertas de par em par.

O personagem foi muito bem elaborado, e por mais que a maior parte do livro seja contracenada apenas por ele, é incrível ver a determinação do velho pescador, seu amor pelo jovem Manolin, a quem te faz tanta falta a companhia, e a maneira como ele enfrenta as dores, câimbra, fome, cede e até os perigos do mar aberto. Na pratica eu não sei se realmente é possível um pequeno barco ser movido pela força de um peixe, então parando para pensar nesse ponto a estória foge um pouco da realidade. Mas devido a toda emoção transmitida por Santiago, seja ele se relacionando com o garoto, o mar, ou o peixe que ele está prestes a matar, tudo acaba se tornando muito real.

Trecho do livro: Tudo nele e dele era velho, menos os olhos, que eram da cor do mar e alegres e não vencidos.

'O Velho e o Mar' é mais uma daquelas obras que eu recomendo ser lida devido a sua lição de vida, onde vemos um homem movido por sua fé, independente da situação que se encontra. Uma lição de amizade e carinho para com o próximo, determinação e conflitos com o seu próprio eu. Recomendo esta leitura a todas as pessoas, independente de suas idades ou afeição com a arte da pescaria. É um livro curto, que irá te tomar apenas algumas horas do dia, mas que trará fortes emoções.
NOTA:  

Xoxo

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