Título original: The Messenger
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Ano: 2007
Páginas: 320
Gênero: Ficção / Literatura Estrangeira / Romance
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Sinopse: Ed Kennedy leva uma vida medíocre, sem arroubos. Trabalha, joga cartas com cúmplices do tédio, apaixona-se por uma amiga que dorme com todos os vizinhos do subúrbio e divide apartamento com um cão velho. O pai alcoólatra morreu há pouco; a mãe parece desprezá-lo. Certo dia, ele impede um assalto a banco e é celebrizado pela mídia. O ato heróico tem conseqüência. Logo depois, Ed recebe enigmáticas cartas de baralho pelo correio: uma seqüência de ases de ouros, paus, espadas, copas, cada qual contendo uma série de endereços ou charadas a serem decifradas. Após certa hesitação, rende-se ao desafio. Misteriosamente levado ao encontro de pessoas em dificuldades, devassa dramas íntimos que podem ser resolvidos por ele. Uma mulher é estuprada diariamente pelo marido, enquanto uma senhora de 82 anos afoga-se em solidão, à espera do companheiro, morto há mais de meio século. A ele parece caber o papel do eleito, do salvador. Convencido disso, segue instruções e se perde entre ficções de estranhos e sua própria, embaçada, realidade. A certa altura pergunta-se: "Eu sou real?" Markus Zusak cria um personagem comovente capaz de confrontar o mistério e, por meio da solidariedade, empreender um épico que o levará ao centro de sua própria existência. (SKOOB)

Mais uma vez eu me atrasei bastante na minha leitura, mas desta vez o motivo não foi o tamanho do livro, e sim  a mudança radical que minha vida profissional sofreu neste mês de Março. Além do mais estou fora de casa e fora da minha cidade, dormindo no sofá e fazendo a minha própria comida. Mas isso não vem ao caso agora.

O livro é narrado em primeira pessoa pelo personagem Ed Kennedy, um garoto de 19 anos que mora sozinho e leva uma vida medíocre na companhia de seu cachorro fedorento e viciado em café. Ele trabalha 'ilegalmente' de taxista e é apaixonado por sua melhor amiga, Audrey, que vai para cama com todos os caras do subúrbio, mas que se nega a dar uma chance ao melhor amigo. Sabe aquele papo de vai estragar a amizade?! Então, é mais ou menos isso.
Ed não tem nenhum propósito na vida. Seu pai era um bêbado que morreu a pouco tempo, e sua mãe só sabe jogar na cara dele como os outros filhos se deram bem na vida, e o quanto Ed é um perdedor. Em meio a tudo isso, temos os amigos Marv e Ritchie que assim como Ed adoram passar o tempo juntos jogando baralho.

Não tem como resenhar este livro sem liberar muitos spoilers, mas a história começa quando Ed reage a um assalto no banco e acaba virando o 'Santo Cristo' da cidade. Após isso ele começa a receber cartas de baralho pelo correio. Uma sequencia de Ás, cada uma com um naipe diferente e cada uma com três dicas de onde ele deve ir. Só que chegando lá Ed tem que se esforçar sozinho - as vezes nem tanto - para saber qual mensagem deve levar.

No começo eu não gostei muito da linguagem do livro, já que por ser um garoto, - e do subúrbio - o narrador jorrava palavrões em tudo quanto era frase dita ou até mesmo pensada.
O que prendeu minha atenção foi o toque de suspense que a narração trás, porém depois de receber as duas primeiras cartas o suspense passa de legal a enjoativo. É como se nós que estamos lendo, já soubéssemos o que trás as outras cartas. A coisa fica meio repetitiva, entendem?!
Então depois da 2° carta eu só queria descobrir quem estava por trás dessas mensagens todas. Coisa que só da para saber no finalzinho mesmo do livro, e que me decepcionou muito, porque ficou uma coisa meio sem sentido.

Mas o que importa de verdade não é quem mandou as mensagens e sim o significado que cada uma delas tiveram, tanto para Ed quanto para as pessoas que estavam recebendo. E toda essa história fez com que eu parasse para pensar que ao invés de desistir, eu deveria insistir mais em fazer algo pelo próximo. Seja ele aquele parente chato que faz de tudo para implicar, ou até mesmo aqueles que nunca vi na vida. E se realmente estou sendo amiga de meus amigos ou somente levando titulo de melhor amiga quando no fundo estou mais preocupada com falar dos meus problemas do que com ouvir os problemas deles. É ... vale a pena parar para ler 'Eu sou o mensageiro', alguma coisa você vai tirar de proveito com todas essas mensagens. Isso se não levar proveito de todas elas, não é mesmo?!
Em um belo, doce e cruel momento de clareza, eu sorrio, olho para uma rachadura no cimento e digo para Audrey e pro Porteiro adormecido. Digo o que estou lhe dizendo: Eu não sou o mensageiro. ...................... Eu sou a mensagem.
NOTA:

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Markus Zusak nasceu em 1975, em Sydney, na Austrália. Seu best-seller 'A menina que roubava livros' lhe rendeu sucesso mundial, tendo sido traduzido para mais de quarenta idiomas e conquistado diversos prêmios. Pela Intrínseca, também publicou 'Eu sou o mensageiro' e 'A garota que eu quero'. 'O construtor de pontes' foi escrito ao longo de treze anos, uma grande jornada para Zusak, mais grandiosa ainda para quem o lê.

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2 comentários:

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